[Internacional] EAU: a incerta ‘venda certa’ do Rafale
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[Internacional] EAU: a incerta ‘venda certa’ do Rafale
EAU: a incerta ‘venda certa’ do Rafale
Vem de longe os rumores de que a venda de caças Rafale para os
Emirados Árabes Unidos (bom, pelo menos por toda a França) era algo dado
como certo.
Tudo que sabemos sobre os planos de modernização da aviação de caça
dos Emirados Árabes Unidos ficou de cabeça para baixo nas primeiras 24
horas do Dubai Air Show.
Um breve resumo: o Dassault Rafale permanece, o Saab Gripen ainda
está de fora, o Eurofighter Typhoon fez uma entrada de surpresa, o
Lockheed Martin F-16 Bloco 60 aguarda o seu momento e a Boeing lança o
F-15 Silent Eagle nesta mistura.
E ainda por cima a Força Aérea dos Emirados Árabes Unidos, por sua
vez, confirmou que quer comprar um “caça da nova geração”, após 2018,
quando o Lockheed F-35 será, possivelmente, o único caça nesta categoria
sem considerar as opções vindas da China e da Rússia.
Como chegamos aqui?
O Rafale esteve na lista de compras dos Emirados Árabes Unidos desde
meados da década de 1990, mas de alguma maneira o acordo continua
derivando para a direita – e agora os riscos evaporaram completamente.
Riad Kahwaji, diretor executivo do Institute for Near East and Gulf
Military Analysis (INEGMA), disse à DEW Line que as últimas manobras
representam um sinal claro: a Força Aérea dos Emirados Árabes Unidos imaginam que o preço do Rafale é muito alto.
Grandes compras de caças nunca estão imunes a ações políticas, mas
neste caso o negócio é puramente político. Os Emirados Árabes Unidos
comprariam o Rafale para equilibrar sua dependência de armas frente aos
EUA, incluindo a sua frota de 60 Lockheed F-16 Block 60. Imaginando que
nos Emirados Árabes Unidos não tenham outras opções, a Dassault pode ter
apresentado um preço muito elevado, disseKahwaji.
Mesmo depois de negociar exclusivamente com a França por mais de três
anos, os Emirados Árabes Unidos acabam de reabrir a competição. Craig
Hoyle, colega do The DEW Line, foi o responsável pelo furo de notícia
ontem no site Flightglobal, quando anunciou-se que os Emirados Árabes
Unidos emitiram um pedido de propostas (RFP) para o Typhoon, a criando
uma segunda disputa muito parecida com aquela que está em andamento na
Índia.
Mas o número de vítimas das prolongadas negociações poderia ser ainda
maior para o Rafale. De acordo com Kahwaji, que está baseado em Abu
Dhabi, os Emirados Árabes Unidos já informaram à Dassault que o acordo será inferior a 60 caças, pois parte das encomendas foi transferida para uma nova compra de caças F-16 Block 60.
A Northrop Grumman, que fornece os radares APG-80 para o Block 60,
confirmou esta estratégia hoje. A Northrop informou A Greg Waldron que
os Emirados Árabes Unidos estão considerando uma segunda encomenda para o
Block 60. Foi solicitada uma confirmação da Lockheed, mas os
funcionários da empresa recusaram-se a dar informações.
O que nos leva à última disputa desta competição exposta durante as
últimas horas. A Boeing confirma agora que a Força Aérea dos Emirados
Árabes Unidos pediu ao governo dos EUA em agosto ou setembro informações
sobre as capacidades do F/A-18E/F e do F-15E. O consórcio Eurofighter
poderia responder: e daí? Os Emirados Árabes Unidos solicitaram ao
governo do Reino Unido informações semelhantes sobre o Typhoon em outubro, e foi o único caça que recebeu uma RFP nas últimas duas semanas.
A Boeing, no entanto, acha que os Emirados Árabes Unidos podem ter
outras idéias para o Super Hornet ou para o Silent Eagle. Afinal, se os
Emirados Árabes Unidos está buscando equilibrar sua dependência de
caças, mudando a linha de montagem final de Fort Worth, Texas, para St.
Louis, Missouri, não mudaria em nada a questão. Em vez disso, a Boeing
acredita que os Emirados Árabes Unidos pode estar pensando mais sobre os requisitos da “próxima geração de caças”.
A Lockheed, no entanto, não parece preocupada. O F-35 ainda é barrado
por funcionários de controle de exportação de armas dos EUA para ser
vendido ou mesmo comercializado para os Emirados Árabes Unidos, mas esta
restrição não vai durar para sempre. Pressionado para explicar por que
ele ainda não pode mostrar aos Emirados Árabes Unidos nem mesmo um
modelo de mesa do F-35, o vice-presidente de desenvolvimento de negócios
da Lockheed respondeu: “Está vindo, está vindo.”
Tudo isso pode ser um pouco de consolo para o caça feita em Merignac,
na França. Ninguém duvida que os franceses têm um caça de primeira
linha, mas seus negociadores deram como certa uma vitória antes de
qualquer anúncio. Permitir que a venda do Rafale para os Emirados Árabes
Unidos escape de suas mãos pode não ser tão devastador para o Rafale
uma vez que negociações com o Brasil, a Índia, o Kuwait e a Suíça ainda
existem. Mas tal perda seria certamente lembrada por muito tempo na
indústria em uma venda onde somente os próprios franceses poderiam
deixar de fechar.
FONTE: The DEW Line
Via: Poder Aéreo
Vem de longe os rumores de que a venda de caças Rafale para os
Emirados Árabes Unidos (bom, pelo menos por toda a França) era algo dado
como certo.
Tudo que sabemos sobre os planos de modernização da aviação de caça
dos Emirados Árabes Unidos ficou de cabeça para baixo nas primeiras 24
horas do Dubai Air Show.
Um breve resumo: o Dassault Rafale permanece, o Saab Gripen ainda
está de fora, o Eurofighter Typhoon fez uma entrada de surpresa, o
Lockheed Martin F-16 Bloco 60 aguarda o seu momento e a Boeing lança o
F-15 Silent Eagle nesta mistura.
E ainda por cima a Força Aérea dos Emirados Árabes Unidos, por sua
vez, confirmou que quer comprar um “caça da nova geração”, após 2018,
quando o Lockheed F-35 será, possivelmente, o único caça nesta categoria
sem considerar as opções vindas da China e da Rússia.
Como chegamos aqui?
O Rafale esteve na lista de compras dos Emirados Árabes Unidos desde
meados da década de 1990, mas de alguma maneira o acordo continua
derivando para a direita – e agora os riscos evaporaram completamente.
Riad Kahwaji, diretor executivo do Institute for Near East and Gulf
Military Analysis (INEGMA), disse à DEW Line que as últimas manobras
representam um sinal claro: a Força Aérea dos Emirados Árabes Unidos imaginam que o preço do Rafale é muito alto.
Grandes compras de caças nunca estão imunes a ações políticas, mas
neste caso o negócio é puramente político. Os Emirados Árabes Unidos
comprariam o Rafale para equilibrar sua dependência de armas frente aos
EUA, incluindo a sua frota de 60 Lockheed F-16 Block 60. Imaginando que
nos Emirados Árabes Unidos não tenham outras opções, a Dassault pode ter
apresentado um preço muito elevado, disseKahwaji.
Mesmo depois de negociar exclusivamente com a França por mais de três
anos, os Emirados Árabes Unidos acabam de reabrir a competição. Craig
Hoyle, colega do The DEW Line, foi o responsável pelo furo de notícia
ontem no site Flightglobal, quando anunciou-se que os Emirados Árabes
Unidos emitiram um pedido de propostas (RFP) para o Typhoon, a criando
uma segunda disputa muito parecida com aquela que está em andamento na
Índia.
Mas o número de vítimas das prolongadas negociações poderia ser ainda
maior para o Rafale. De acordo com Kahwaji, que está baseado em Abu
Dhabi, os Emirados Árabes Unidos já informaram à Dassault que o acordo será inferior a 60 caças, pois parte das encomendas foi transferida para uma nova compra de caças F-16 Block 60.
A Northrop Grumman, que fornece os radares APG-80 para o Block 60,
confirmou esta estratégia hoje. A Northrop informou A Greg Waldron que
os Emirados Árabes Unidos estão considerando uma segunda encomenda para o
Block 60. Foi solicitada uma confirmação da Lockheed, mas os
funcionários da empresa recusaram-se a dar informações.
O que nos leva à última disputa desta competição exposta durante as
últimas horas. A Boeing confirma agora que a Força Aérea dos Emirados
Árabes Unidos pediu ao governo dos EUA em agosto ou setembro informações
sobre as capacidades do F/A-18E/F e do F-15E. O consórcio Eurofighter
poderia responder: e daí? Os Emirados Árabes Unidos solicitaram ao
governo do Reino Unido informações semelhantes sobre o Typhoon em outubro, e foi o único caça que recebeu uma RFP nas últimas duas semanas.
A Boeing, no entanto, acha que os Emirados Árabes Unidos podem ter
outras idéias para o Super Hornet ou para o Silent Eagle. Afinal, se os
Emirados Árabes Unidos está buscando equilibrar sua dependência de
caças, mudando a linha de montagem final de Fort Worth, Texas, para St.
Louis, Missouri, não mudaria em nada a questão. Em vez disso, a Boeing
acredita que os Emirados Árabes Unidos pode estar pensando mais sobre os requisitos da “próxima geração de caças”.
A Lockheed, no entanto, não parece preocupada. O F-35 ainda é barrado
por funcionários de controle de exportação de armas dos EUA para ser
vendido ou mesmo comercializado para os Emirados Árabes Unidos, mas esta
restrição não vai durar para sempre. Pressionado para explicar por que
ele ainda não pode mostrar aos Emirados Árabes Unidos nem mesmo um
modelo de mesa do F-35, o vice-presidente de desenvolvimento de negócios
da Lockheed respondeu: “Está vindo, está vindo.”
Tudo isso pode ser um pouco de consolo para o caça feita em Merignac,
na França. Ninguém duvida que os franceses têm um caça de primeira
linha, mas seus negociadores deram como certa uma vitória antes de
qualquer anúncio. Permitir que a venda do Rafale para os Emirados Árabes
Unidos escape de suas mãos pode não ser tão devastador para o Rafale
uma vez que negociações com o Brasil, a Índia, o Kuwait e a Suíça ainda
existem. Mas tal perda seria certamente lembrada por muito tempo na
indústria em uma venda onde somente os próprios franceses poderiam
deixar de fechar.
FONTE: The DEW Line
Via: Poder Aéreo
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