[Brasil] Semam aponta barulho acima do aceitável no aeroporto
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[Brasil] Semam aponta barulho acima do aceitável no aeroporto
Semam aponta barulho acima do aceitável no aeroporto
Riscos à saúde: aposentada Maria de Lurdes Ferreira, residente no
Montese, reclama da poluição sonora. Ela só consegue ter sossego de
manhã, por conta do recapeamento da pista
KID JUNIOR
O som emitido pelos aviões varia entre 48 e 59,7 decibéis. O tolerável é de 35 a 45, de acordo com a Secretaria
Morar nas imediações do Aeroporto Internacional Pinto Martins ou em locais
abaixo da rota de pousos e decolagens dos aviões é mais do que um
incômodo. Relatório divulgado, ontem, pela Secretaria do Meio Ambiente e
Controle Urbano (Semam) revela que o ruído produzido pelas operações do
aeroporto ultrapassa tanto os nível de conforto acústico quanto o nível
considerado aceitável, ambos definidos pela legislação ambiental.
Nos quatro bairros onde o ruído foi auferido (Aerolândia, Cidade dos
Funcionários, Lagoa Redonda e Montese), o som emitido pelos aviões varia
entre 48 e 59,7 decibéis. A medição foi feita em quartos de residências
e apartamentos, para os quais a NBR 10.152 define como níveis de
conforto e aceitáveis 35 e 45 decibéis, respectivamente. O relatório
sugere suspender pousos e decolagens entre meia-noite e 4 horas.
Uma das principais conclusões é de que o barulho provoca impactos diretos
na saúde dessas populações, levando principalmente a hipertensão e
problemas de sono. No Condomínio Residencial Chagas, localizado na
Aerolândia, o nível de ruído médio é de 60 decibéis, quando o valor
limite para não se tornar um fator para a hipertensão é de 55 decibéis.
"Já em relação à qualidade do sono, onde o valor limite é 45 dB (decibéis),
todas as medições e projeções ultrapassam este valor limite". Os demais
aspectos de saúde listados pelo relatório, como deficiência auditiva e
diminuição da produtividade do trabalhador, "encontram-se ainda em
avaliação, mas já apresentam alguns fatores de preocupação", afirma.
O problema é evidenciado por uma pesquisa feita junto a moradores do
Condomínio Tropical Residence (Cidade dos Funcionários), que fica abaixo
da rota de decolagem do aeroporto. A maior parte disse se sentir mais
incomodado pelos aviões durante a noite. Além disso, 55% dos moradores
afirmam não obter o repouso necessário para o dia seguinte.
Responsabilidade
O estudo responsabiliza a administração do Aeroporto Pinto Martins por
permitir que aviões cargueiros com tecnologia ultrapassada (Boeing 727)
continuem a pousar e decolar, por não estabelecer procedimentos padrões
durante os processos de pouso e decolagem, além de concentrar as
operações durante o período noturno.
Por fim, o relatório também aponta "o descaso das antigas gestões municipais que propiciaram o
adensamento desordenado nas áreas próximas ao aeroporto sem atender as
recomendações legais referentes a proteções e materiais aplicáveis às
edificações para propiciar um proteção acústica interna mais saudável".
Além da sugestão de suspender os voos durante a madrugada, o documento ainda
coloca a proibição de Boeings 727 (equipamentos antigos e que fazem
mais barulho) e a padronização dos procedimentos de pouso e decolagem
(evitando acelerações bruscas que potencializam o ruído).
O relatório foi enviado para o Ministério Público Federal e para a Empresa
Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que administra o
aeroporto. Audiência pública foi marcada para a 23 de novembro a fim de
discutir o relatório.
A assessoria de comunicação da Infraero informou que só iria se pronunciar após análise do relatório, que foi
recebido na tarde da última quarta-feira.
Sobre as escalas dos voos com as obras de recapeamento, o órgão informou que os
remanejamentos se concentram nos horários de 3h às 5h e das 11h ao
meio-dia.
KAROLINE VIANA
REPÓRTER
Fonte: diariodonordeste.globo.com
Riscos à saúde: aposentada Maria de Lurdes Ferreira, residente no
Montese, reclama da poluição sonora. Ela só consegue ter sossego de
manhã, por conta do recapeamento da pista
KID JUNIOR
O som emitido pelos aviões varia entre 48 e 59,7 decibéis. O tolerável é de 35 a 45, de acordo com a Secretaria
Morar nas imediações do Aeroporto Internacional Pinto Martins ou em locais
abaixo da rota de pousos e decolagens dos aviões é mais do que um
incômodo. Relatório divulgado, ontem, pela Secretaria do Meio Ambiente e
Controle Urbano (Semam) revela que o ruído produzido pelas operações do
aeroporto ultrapassa tanto os nível de conforto acústico quanto o nível
considerado aceitável, ambos definidos pela legislação ambiental.
Nos quatro bairros onde o ruído foi auferido (Aerolândia, Cidade dos
Funcionários, Lagoa Redonda e Montese), o som emitido pelos aviões varia
entre 48 e 59,7 decibéis. A medição foi feita em quartos de residências
e apartamentos, para os quais a NBR 10.152 define como níveis de
conforto e aceitáveis 35 e 45 decibéis, respectivamente. O relatório
sugere suspender pousos e decolagens entre meia-noite e 4 horas.
Uma das principais conclusões é de que o barulho provoca impactos diretos
na saúde dessas populações, levando principalmente a hipertensão e
problemas de sono. No Condomínio Residencial Chagas, localizado na
Aerolândia, o nível de ruído médio é de 60 decibéis, quando o valor
limite para não se tornar um fator para a hipertensão é de 55 decibéis.
"Já em relação à qualidade do sono, onde o valor limite é 45 dB (decibéis),
todas as medições e projeções ultrapassam este valor limite". Os demais
aspectos de saúde listados pelo relatório, como deficiência auditiva e
diminuição da produtividade do trabalhador, "encontram-se ainda em
avaliação, mas já apresentam alguns fatores de preocupação", afirma.
O problema é evidenciado por uma pesquisa feita junto a moradores do
Condomínio Tropical Residence (Cidade dos Funcionários), que fica abaixo
da rota de decolagem do aeroporto. A maior parte disse se sentir mais
incomodado pelos aviões durante a noite. Além disso, 55% dos moradores
afirmam não obter o repouso necessário para o dia seguinte.
Responsabilidade
O estudo responsabiliza a administração do Aeroporto Pinto Martins por
permitir que aviões cargueiros com tecnologia ultrapassada (Boeing 727)
continuem a pousar e decolar, por não estabelecer procedimentos padrões
durante os processos de pouso e decolagem, além de concentrar as
operações durante o período noturno.
Por fim, o relatório também aponta "o descaso das antigas gestões municipais que propiciaram o
adensamento desordenado nas áreas próximas ao aeroporto sem atender as
recomendações legais referentes a proteções e materiais aplicáveis às
edificações para propiciar um proteção acústica interna mais saudável".
Além da sugestão de suspender os voos durante a madrugada, o documento ainda
coloca a proibição de Boeings 727 (equipamentos antigos e que fazem
mais barulho) e a padronização dos procedimentos de pouso e decolagem
(evitando acelerações bruscas que potencializam o ruído).
O relatório foi enviado para o Ministério Público Federal e para a Empresa
Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que administra o
aeroporto. Audiência pública foi marcada para a 23 de novembro a fim de
discutir o relatório.
A assessoria de comunicação da Infraero informou que só iria se pronunciar após análise do relatório, que foi
recebido na tarde da última quarta-feira.
Sobre as escalas dos voos com as obras de recapeamento, o órgão informou que os
remanejamentos se concentram nos horários de 3h às 5h e das 11h ao
meio-dia.
KAROLINE VIANA
REPÓRTER
Fonte: diariodonordeste.globo.com
Amilckar- Colaborador - Notícias de aviação
-
Inscrito em : 12/10/2009
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Nacionalidade :
Re: [Brasil] Semam aponta barulho acima do aceitável no aeroporto
Amilckar escreveu:Semam aponta barulho acima do aceitável no aeroporto
o relatório também aponta "o descaso das antigas gestões municipais que propiciaram o
adensamento desordenado nas áreas próximas ao aeroporto sem atender as
recomendações legais referentes a proteções e materiais aplicáveis às
edificações para propiciar um proteção acústica interna mais saudável".
Além da sugestão de suspender os voos durante a madrugada, o documento ainda
coloca a proibição de Boeings 727 (equipamentos antigos e que fazem
mais barulho) e a padronização dos procedimentos de pouso e decolagem
(evitando acelerações bruscas que potencializam o ruído).
[/i]
E em outros aeroportos também. Concordo com o relatório, finalmente alguém falou algo certo.
A exemplo dos EUA, hushkits para os "olds" e procedimentos de atenuação para todos.
Bayma- Tenente-Coronel
-
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Re: [Brasil] Semam aponta barulho acima do aceitável no aeroporto
Torno a perguntar, quem chegou primeiro?
Aqui eu tenho problemas com helicópteros, e aqui sim, eu cheguei primeiro, não havia rota de helicópteros nessa região.
Aqui eu tenho problemas com helicópteros, e aqui sim, eu cheguei primeiro, não havia rota de helicópteros nessa região.
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Augusto Sposito- Banido
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