[Internacional] O piloto sumiu
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[Internacional] O piloto sumiu
O piloto sumiu
O investimento em aeronaves não-tripuladas leva pilotos do front para o joystick. Conheça as armas da guerra à distância
AEROSTAT
Um piloto observa o campo inimigo com as 3 câmeras do nariz da nave Raven e faz rasantes a quase 100 km/h. Ele
não está dentro do avião — controla tudo em terra firme, com a ajuda de um console portátil, uma espécie de joystick com alguns botões acoplados. Bem parecido com um jogo de videogame, não fosse uma missão
da Força Aérea Americana para achar esconderijos de grupos terroristas.
Desde os ataques do 11 de Setembro, os EUA passaram a investir pesado em aviões não-tripulados, os chamados drones. No ano do atentado às torres gêmeas, o Pentágono tinha 50 unidades. Passados dez anos, já são 7 mil,
com funções diferentes — desde os que são lançados por catapultas, como o Shadow, até aqueles, ainda em testes, que simulam ser pássaros e insetos. Sai o piloto indomável, ao menos da cabine, e entra a tecnologia de ponta.
GLOBAL HAWK
O novo profissional mantém a farda, mas trabalha perto de casa, agora. Os comandantes de aviões com um
sistema de satélite potente podem ficar a meio mundo de distância de seus alvos sem qualquer problema. A base do modelo Global Hawk, por exemplo, está no norte da Califórnia, já que a “baleia branca voadora”,
como é conhecido entre os militares, puxa coordenadas de GPS de satélites no espaço para sobrevoar o Afeganistão. Tudo no piloto automático.
Já o Reaper, que domina as missões no Iraque, é guiado de trailers em Las Vegas. Com quase 170 naves, é o substituto dos famosos caças do filme Top Gun, que fez de Tom Cruise uma estrela em 1986. Ainda mais
diante da crise mundial: o modelo sai por módicos US$ 10,5 milhões, menos de 10% do preço do cultuado F-22, que custa US$ 150 milhões.
REAPER
Mas o pessoal não pensa só em dinheiro: outro grande argumento para o uso dos drones é que o avanço
das armas de defesa em solo tornou a atividade de piloto ainda mais perigosa, explica Rene Nardi, ex-diretor da Embraer e especialista em tecnologia aeronáutica avançada. Até a guerra contra as drogas optou
pelos drones: o helicóptero Fire Scout caça traficantes pelos mares com pilotos em terra firme.
RAVEN
LINHA DE PRODUÇÃO
Os drones são o setor com crescimento mais dinâmico na área de defesa e segurança, passando outros
equipamentos bélicos, segundo um estudo mundial da TealGroup, empresa americana de análise do mercado aeroespacial. A despesa com naves com controle remoto deverá dobrar nessa próxima década, pulando de US$ 5
bilhões para US$ 11 bilhões em todo o mundo. Ao fim de 2020, cerca de 50 países, inclusive o Brasil, deverão torrar juntos mais de US$ 94 bilhões na tecnologia, estima o relatório.
SHADOW
Mesmo assim, o governo americano manterá a liderança do novo negócio. Seus
gastos batem, e com folga, os dos países da Ásia (com Israel e China puxando a região) e da União Europeia (Inglaterra e França são destaques). América Latina e África deverão manter investimentos
modestos ainda. “No Brasil temos competência para a tecnologia do projeto e da construção do avião, mas não fabricamos os sensores [de computadores e processadores de imagens]. Precisamos começar a investir
rápido nessas áreas de conhecimento”, diz Nardi.
FIRE SCOUT
Fonte: Ingrid Tavares (Revista Galileu)
Via: Aviationnews
O investimento em aeronaves não-tripuladas leva pilotos do front para o joystick. Conheça as armas da guerra à distância
AEROSTAT
Companhia: Vigilance Preço: não divulgado Tamanho: 61 m de comprimento (19 m do casco principal) Voo: cerca de 55 km/h, mas consegue ficar no ar mesmo sem vento Missão: filma com uma câmera de 360º e carrega mais de 300 kg de equipamento |
não está dentro do avião — controla tudo em terra firme, com a ajuda de um console portátil, uma espécie de joystick com alguns botões acoplados. Bem parecido com um jogo de videogame, não fosse uma missão
da Força Aérea Americana para achar esconderijos de grupos terroristas.
Desde os ataques do 11 de Setembro, os EUA passaram a investir pesado em aviões não-tripulados, os chamados drones. No ano do atentado às torres gêmeas, o Pentágono tinha 50 unidades. Passados dez anos, já são 7 mil,
com funções diferentes — desde os que são lançados por catapultas, como o Shadow, até aqueles, ainda em testes, que simulam ser pássaros e insetos. Sai o piloto indomável, ao menos da cabine, e entra a tecnologia de ponta.
GLOBAL HAWK
Companhia: Northrop Grumman Preço: US$ 35 milhões Tamanho: 13,5 m de comprimento (3,5 m de envergadura) Voo: quase 2 dias de autonomia Missão: desenvolvido em 2001, oferece boa visão do campo inimigo e troca o piloto automático por dados de GPS para se localizar |
sistema de satélite potente podem ficar a meio mundo de distância de seus alvos sem qualquer problema. A base do modelo Global Hawk, por exemplo, está no norte da Califórnia, já que a “baleia branca voadora”,
como é conhecido entre os militares, puxa coordenadas de GPS de satélites no espaço para sobrevoar o Afeganistão. Tudo no piloto automático.
Já o Reaper, que domina as missões no Iraque, é guiado de trailers em Las Vegas. Com quase 170 naves, é o substituto dos famosos caças do filme Top Gun, que fez de Tom Cruise uma estrela em 1986. Ainda mais
diante da crise mundial: o modelo sai por módicos US$ 10,5 milhões, menos de 10% do preço do cultuado F-22, que custa US$ 150 milhões.
REAPER
Companhia: General Atomic Preço: US$ 10 milhões Tamanho: 8 m de comprimento (14 m de envergadura) Voo: 24 horas de autonomia a uma velocidade de 200 km/h Missão: o substituto do cultuado F-22 é equipado com mísseis para entrar em combates nas regiões do Oriente Médio e da África |
das armas de defesa em solo tornou a atividade de piloto ainda mais perigosa, explica Rene Nardi, ex-diretor da Embraer e especialista em tecnologia aeronáutica avançada. Até a guerra contra as drogas optou
pelos drones: o helicóptero Fire Scout caça traficantes pelos mares com pilotos em terra firme.
RAVEN
Companhia: AeroVironment Preço: US$ 35 mil* Tamanho: 1 m de comprimento (1,3 m de envergadura) Voo: precisa de uma mãozinha do piloto para ser lançado, mas volta à base com um apertar de botão Missão: o menor drone em uso mapeia, com suas 3 câmeras, um raio de até 10 km *sem o sistema operacional |
LINHA DE PRODUÇÃO
Os drones são o setor com crescimento mais dinâmico na área de defesa e segurança, passando outros
equipamentos bélicos, segundo um estudo mundial da TealGroup, empresa americana de análise do mercado aeroespacial. A despesa com naves com controle remoto deverá dobrar nessa próxima década, pulando de US$ 5
bilhões para US$ 11 bilhões em todo o mundo. Ao fim de 2020, cerca de 50 países, inclusive o Brasil, deverão torrar juntos mais de US$ 94 bilhões na tecnologia, estima o relatório.
SHADOW
Companhia: AAI Corporation Preço: US$ 39 milhões Tamanho: 3,5 m de comprimento (4 m de envergadura) Voo: lançado por catapulta Missão: faz reconhecimento tático para tropas que já estão em solo |
gastos batem, e com folga, os dos países da Ásia (com Israel e China puxando a região) e da União Europeia (Inglaterra e França são destaques). América Latina e África deverão manter investimentos
modestos ainda. “No Brasil temos competência para a tecnologia do projeto e da construção do avião, mas não fabricamos os sensores [de computadores e processadores de imagens]. Precisamos começar a investir
rápido nessas áreas de conhecimento”, diz Nardi.
FIRE SCOUT
Companhia: Northrop Grumman Preço: não divulgado Tamanho: 7 m de comprimento (8 m de diâmetro da hélice) Voo: decola e pousa verticalmente sem ajuda remota Missão: ideal para atacar alvos na água, como submarinos e cargas suspeitas de navio, por isso é usado para inibir o tráfico na América do Sul |
Via: Aviationnews
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