[Brasil] Embraer pode desistir de jatos na China
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[Brasil] Embraer pode desistir de jatos na China
Folha de S.Paulo (22/09/2011)
Fundos: Embraer pode desistir de jatos na China
Empresa ainda estuda a viabilidade econômica de passar a produzir aviões executivos Legacy naquele país
Diante da indefinição, empresa ainda não começou a tramitar a solicitação de licença para fabricar aeronave
Cinco meses após anunciar um acordo para produzir jatos executivos da linha Legacy na China, a Embraer ainda estuda a viabilidade econômica da operação.
Por causa da indefinição, a empresa ainda não começou a tramitar a solicitação de licença para fabricar esse tipo de aeronave no país.
"Temos muita confiança no mercado [chinês], sabemos que o produto é bastante adequado ao mercado", afirmou o presidente da Embraer China, Guan Dongyuan. "[Mas] temos de saber se um avião fabricado na China é competitivo com o avião fabricado no Brasil."
ACORDO EM XEQUE
Guan disse que não há previsão para a conclusão do estudo, que está sendo realizado com a sócia minoritária da fábrica na China, a estatal Avic. O representante da Embraer na China concedeu entrevista ontem, durante a feira de aviação de Pequim, que é realizada a cada dois anos.
A empresa brasileira não montou estande, ao contrário de concorrentes como a canadense Bombardier e a chinesa Comac. A incerteza coloca em xeque um dos principais acordos anunciados na visita da presidente Dilma Rousseff à China, em abril. Com a fábrica ociosa desde abril, a Embraer obteve autorização para fabricar jatos executivos após Pequim negar a produção do E-190 (cem lugares), maior sucesso comercial da empresa no país.
Localizada na fria Harbin (1.250 km ao norte de Pequim e perto da fronteira com a Rússia), a fábrica da Embraer tem cerca de 200 funcionários. Começou a operar há oito anos fabricando apenas ERJ-145 (50 passageiros), mas o modelo, obsoleto, ficou sem demanda.
NEGÓCIOS
A Embraer atua em dois mercados distintos na China. Na aviação regional, é a principal fornecedora de aeronaves com até 120 assentos. Mas a empresa ainda luta por espaço entre os jatos executivos, em parte porque esse mercado é pouco desenvolvido, devido à legislação restritiva e à falta de infraestrutura nos aeroportos.
A Embraer já vendeu 137 aviões para a China, dos quais 95 foram entregues (os demais ficarão prontos nos próximos anos e devem ser fabricados no Brasil). Desses, apenas 4 são jatos executivos.
No mês passado, a Minsheng Financial Leasing, parceira chinesa da Embraer, disse à Folha ter fechado contratos para 10 jatos executivos, de um total de 20 unidades acordadas como opção de compra. Ontem, Guan disse não ter informações sobre a operação. A Embraer estima que, em dez anos, a China comprará 470 jatos executivos, o equivalente a US$ 14 bilhões. Atualmente, cerca de 135 aviões dessa categoria voam no país, segundo a Embraer.
Fonte: Folha de S.Paulo
Fundos: Embraer pode desistir de jatos na China
Empresa ainda estuda a viabilidade econômica de passar a produzir aviões executivos Legacy naquele país
Diante da indefinição, empresa ainda não começou a tramitar a solicitação de licença para fabricar aeronave
Cinco meses após anunciar um acordo para produzir jatos executivos da linha Legacy na China, a Embraer ainda estuda a viabilidade econômica da operação.
Por causa da indefinição, a empresa ainda não começou a tramitar a solicitação de licença para fabricar esse tipo de aeronave no país.
"Temos muita confiança no mercado [chinês], sabemos que o produto é bastante adequado ao mercado", afirmou o presidente da Embraer China, Guan Dongyuan. "[Mas] temos de saber se um avião fabricado na China é competitivo com o avião fabricado no Brasil."
ACORDO EM XEQUE
Guan disse que não há previsão para a conclusão do estudo, que está sendo realizado com a sócia minoritária da fábrica na China, a estatal Avic. O representante da Embraer na China concedeu entrevista ontem, durante a feira de aviação de Pequim, que é realizada a cada dois anos.
A empresa brasileira não montou estande, ao contrário de concorrentes como a canadense Bombardier e a chinesa Comac. A incerteza coloca em xeque um dos principais acordos anunciados na visita da presidente Dilma Rousseff à China, em abril. Com a fábrica ociosa desde abril, a Embraer obteve autorização para fabricar jatos executivos após Pequim negar a produção do E-190 (cem lugares), maior sucesso comercial da empresa no país.
Localizada na fria Harbin (1.250 km ao norte de Pequim e perto da fronteira com a Rússia), a fábrica da Embraer tem cerca de 200 funcionários. Começou a operar há oito anos fabricando apenas ERJ-145 (50 passageiros), mas o modelo, obsoleto, ficou sem demanda.
NEGÓCIOS
A Embraer atua em dois mercados distintos na China. Na aviação regional, é a principal fornecedora de aeronaves com até 120 assentos. Mas a empresa ainda luta por espaço entre os jatos executivos, em parte porque esse mercado é pouco desenvolvido, devido à legislação restritiva e à falta de infraestrutura nos aeroportos.
A Embraer já vendeu 137 aviões para a China, dos quais 95 foram entregues (os demais ficarão prontos nos próximos anos e devem ser fabricados no Brasil). Desses, apenas 4 são jatos executivos.
No mês passado, a Minsheng Financial Leasing, parceira chinesa da Embraer, disse à Folha ter fechado contratos para 10 jatos executivos, de um total de 20 unidades acordadas como opção de compra. Ontem, Guan disse não ter informações sobre a operação. A Embraer estima que, em dez anos, a China comprará 470 jatos executivos, o equivalente a US$ 14 bilhões. Atualmente, cerca de 135 aviões dessa categoria voam no país, segundo a Embraer.
Fonte: Folha de S.Paulo
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