[Brasil] Proposta do orçamento de defesa preserva o KC-390 e coloca “em espera” os helicópteros EC725
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[Brasil] Proposta do orçamento de defesa preserva o KC-390 e coloca “em espera” os helicópteros EC725
Proposta do orçamento de defesa preserva o KC-390 e coloca “em espera” os helicópteros EC725
Apesar da Aeronáutica receber a maior parte do proposto orçamento de defesa,
os helicópteros EC725 devem passar por um período de espera nas entregas
para Força Aérea Brasileira. (Foto: Mauro Lins de Barros / Cavok)
A proposta orçamentária de 2012 enviada pelo governo ao Congresso
Nacional prevê R$ 16,05 bilhões para as despesas do Ministério da Defesa
com investimentos e custeio (excluindo pessoal e encargos), o que
representará um aumento de 5,8% em comparação com o valor definido na
lei orçamentária deste ano. Parece pouco, mas os gastos da Defesa foram
os mais afetados pelo corte de R$ 50 bilhões no Orçamento de 2011, feito
pela presidente Dilma Rousseff. O ministério perdeu R$ 4,3 bilhões e
ficou com um limite de R$ 10,8 bilhões para custeio e investimento. Em
comparação com este limite, a proposta orçamentária para o próximo ano
projeta um aumento de 48,6%. “A presidente Dilma chancelou o que o
Ministério da Defesa pediu para 2012″, disse uma fonte da área. “Estamos
apenas retomando os valores iniciais do Orçamento de 2011″,
acrescentou.
A proposta orçamentária da Defesa para 2012 ainda foi elaborada pelo
ex-ministro Nelson Jobim. Mesmo com o discurso otimista, no entanto, os
militares não escondem a apreensão com o provável contingenciamento a
ser anunciado pelo governo em fevereiro, pois temem passar pelo mesmo
arrocho deste ano. Eles querem preservar os projetos de investimento que
consideram estratégicos, como a construção do submarino a propulsão
nuclear, o avião cargueiro KC 390, a compra de helicópteros franceses, o
desenvolvimento do blindado Guarani e a operação e manutenção do
Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (Sisceab).
Na semana passada, o comandante da Marinha, almirante-de-Esquadra
Julio Soares de Moura Neto, teve um encontro com o relator geral do
Orçamento de 2012, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), e alguns
parlamentares da Comissão Mista de Orçamento do Congresso para expor os
seus projetos. Os outros comandantes poderão fazer o mesmo nas próximas
semanas. Nos bastidores, os militares acalentam a ideia de convencer os
deputados e senadores a aprovar um dispositivo na lei orçamentária que
exclua os projetos considerados essenciais para a defesa nacional do
contingenciamento de gastos. Essa proposta não conta, no entanto, com a
simpatia da área econômica do governo, que rejeita as tentativas de
redução da base das despesas contingenciáveis, pois isso, na avaliação
técnica, engessa ainda mais o orçamento.
Mesmo com o forte corte em suas despesas, o Ministério da Defesa
conseguiu, ainda sob o comando do ex-ministro Nelson Jobim, preservar
alguns dos seus principais investimentos, pois a redução foi feita
preferencialmente dos gastos com custeio. Um relatório de execução
orçamentária do dia 6 de setembro, a que o Valor teve acesso, mostra,
por exemplo, que de um total de R$ 183,3 milhões destinados pelo
Orçamento para a construção do submarino a propulsão nuclear, R$ 174,5
milhões tinham sido empenhados. Na mesma data, toda a verba orçamentária
de R$ 100 milhões destinada ao desenvolvimento do cargueiro KC 390, em
parceria com a Embraer, tinha sido empenhada. A mesma coisa aconteceu
com o sistema de segurança de voo e controle do espaço aéreo, que tinha
uma verba de R$ 522,1 milhões este ano, e R$ 325,5 milhões já haviam
sido empenhados.
A aeronave de transporte e reabastecimento aéreo em desenvolvimento pela
Embraer vai continuar recebendo investimentos da Defesa. (Foto: Embraer)
O projeto de aquisição de helicópteros franceses EC 725, no entanto,
foi colocado em “banho maria”, pois o Orçamento deste ano previa gastos
de R$ 205 milhões e, até o dia 6 de setembro, o Ministério da Defesa
tinha empenhado apenas R$ 46,7 milhões. O mesmo ocorreu com o programa
de modernização e revitalização de aeronaves, que contava com uma verba
orçamentária de R$ 320,7 milhões e só R$ 56,5 milhões foram empenhados
com essa finalidade. O corte deste ano atingiu mais fortemente, no
entanto, outros projetos, como é o caso da Calha Norte, com dotações de
R$ 473,5 milhões e só R$ 22,9 milhões foram empenhados até o dia 6 de
setembro.
Na proposta orçamentária para 2012, o Ministério da Defesa procurou,
mais uma vez, preservar os projetos que considera estratégicos e, se
eles não forem contingenciados, terão substancial aumento de recursos. O
projeto da Marinha de implantação de estaleiro e base naval para
construção e manutenção de submarinos, por exemplo, passará dos R$ 945
milhões previstos no orçamento deste ano (antes do corte) para R$ 1,2
bilhão. A construção dos submarinos a propulsão nuclear terá R$ 192,7
milhões, mais ou menos o mesmo valor deste ano. A Marinha espera
construir quatro submarinos convencionais e, para isso, terá R$ 738,9
milhões.
O maior orçamento de investimentos será o da Aeronáutica, que terá R$
4,6 bilhões, de um total de R$ 8,02 bilhões para toda a Defesa. A
Aeronáutica terá R$ 900 milhões em 2012 para adquirir 50 helicópteros
franceses, R$ 544 para desenvolver o cargueiro KC 390, em conjunto com a
Embraer, R$ 975,7 milhões para o sistema do controle do espaço aéreo e
R$ 901,4 milhões para aquisição e modernização de aeronaves. A proposta
orçamentária destinou também R$ 240 milhões para missões de paz, com
destaque para a missão no Haiti.
Fonte: Valor Econômico – Ribamar Oliveira / NOTIMP
Via: Cavok
Apesar da Aeronáutica receber a maior parte do proposto orçamento de defesa,
os helicópteros EC725 devem passar por um período de espera nas entregas
para Força Aérea Brasileira. (Foto: Mauro Lins de Barros / Cavok)
A proposta orçamentária de 2012 enviada pelo governo ao Congresso
Nacional prevê R$ 16,05 bilhões para as despesas do Ministério da Defesa
com investimentos e custeio (excluindo pessoal e encargos), o que
representará um aumento de 5,8% em comparação com o valor definido na
lei orçamentária deste ano. Parece pouco, mas os gastos da Defesa foram
os mais afetados pelo corte de R$ 50 bilhões no Orçamento de 2011, feito
pela presidente Dilma Rousseff. O ministério perdeu R$ 4,3 bilhões e
ficou com um limite de R$ 10,8 bilhões para custeio e investimento. Em
comparação com este limite, a proposta orçamentária para o próximo ano
projeta um aumento de 48,6%. “A presidente Dilma chancelou o que o
Ministério da Defesa pediu para 2012″, disse uma fonte da área. “Estamos
apenas retomando os valores iniciais do Orçamento de 2011″,
acrescentou.
A proposta orçamentária da Defesa para 2012 ainda foi elaborada pelo
ex-ministro Nelson Jobim. Mesmo com o discurso otimista, no entanto, os
militares não escondem a apreensão com o provável contingenciamento a
ser anunciado pelo governo em fevereiro, pois temem passar pelo mesmo
arrocho deste ano. Eles querem preservar os projetos de investimento que
consideram estratégicos, como a construção do submarino a propulsão
nuclear, o avião cargueiro KC 390, a compra de helicópteros franceses, o
desenvolvimento do blindado Guarani e a operação e manutenção do
Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (Sisceab).
Na semana passada, o comandante da Marinha, almirante-de-Esquadra
Julio Soares de Moura Neto, teve um encontro com o relator geral do
Orçamento de 2012, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), e alguns
parlamentares da Comissão Mista de Orçamento do Congresso para expor os
seus projetos. Os outros comandantes poderão fazer o mesmo nas próximas
semanas. Nos bastidores, os militares acalentam a ideia de convencer os
deputados e senadores a aprovar um dispositivo na lei orçamentária que
exclua os projetos considerados essenciais para a defesa nacional do
contingenciamento de gastos. Essa proposta não conta, no entanto, com a
simpatia da área econômica do governo, que rejeita as tentativas de
redução da base das despesas contingenciáveis, pois isso, na avaliação
técnica, engessa ainda mais o orçamento.
Mesmo com o forte corte em suas despesas, o Ministério da Defesa
conseguiu, ainda sob o comando do ex-ministro Nelson Jobim, preservar
alguns dos seus principais investimentos, pois a redução foi feita
preferencialmente dos gastos com custeio. Um relatório de execução
orçamentária do dia 6 de setembro, a que o Valor teve acesso, mostra,
por exemplo, que de um total de R$ 183,3 milhões destinados pelo
Orçamento para a construção do submarino a propulsão nuclear, R$ 174,5
milhões tinham sido empenhados. Na mesma data, toda a verba orçamentária
de R$ 100 milhões destinada ao desenvolvimento do cargueiro KC 390, em
parceria com a Embraer, tinha sido empenhada. A mesma coisa aconteceu
com o sistema de segurança de voo e controle do espaço aéreo, que tinha
uma verba de R$ 522,1 milhões este ano, e R$ 325,5 milhões já haviam
sido empenhados.
A aeronave de transporte e reabastecimento aéreo em desenvolvimento pela
Embraer vai continuar recebendo investimentos da Defesa. (Foto: Embraer)
O projeto de aquisição de helicópteros franceses EC 725, no entanto,
foi colocado em “banho maria”, pois o Orçamento deste ano previa gastos
de R$ 205 milhões e, até o dia 6 de setembro, o Ministério da Defesa
tinha empenhado apenas R$ 46,7 milhões. O mesmo ocorreu com o programa
de modernização e revitalização de aeronaves, que contava com uma verba
orçamentária de R$ 320,7 milhões e só R$ 56,5 milhões foram empenhados
com essa finalidade. O corte deste ano atingiu mais fortemente, no
entanto, outros projetos, como é o caso da Calha Norte, com dotações de
R$ 473,5 milhões e só R$ 22,9 milhões foram empenhados até o dia 6 de
setembro.
Na proposta orçamentária para 2012, o Ministério da Defesa procurou,
mais uma vez, preservar os projetos que considera estratégicos e, se
eles não forem contingenciados, terão substancial aumento de recursos. O
projeto da Marinha de implantação de estaleiro e base naval para
construção e manutenção de submarinos, por exemplo, passará dos R$ 945
milhões previstos no orçamento deste ano (antes do corte) para R$ 1,2
bilhão. A construção dos submarinos a propulsão nuclear terá R$ 192,7
milhões, mais ou menos o mesmo valor deste ano. A Marinha espera
construir quatro submarinos convencionais e, para isso, terá R$ 738,9
milhões.
O maior orçamento de investimentos será o da Aeronáutica, que terá R$
4,6 bilhões, de um total de R$ 8,02 bilhões para toda a Defesa. A
Aeronáutica terá R$ 900 milhões em 2012 para adquirir 50 helicópteros
franceses, R$ 544 para desenvolver o cargueiro KC 390, em conjunto com a
Embraer, R$ 975,7 milhões para o sistema do controle do espaço aéreo e
R$ 901,4 milhões para aquisição e modernização de aeronaves. A proposta
orçamentária destinou também R$ 240 milhões para missões de paz, com
destaque para a missão no Haiti.
Fonte: Valor Econômico – Ribamar Oliveira / NOTIMP
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Re: [Brasil] Proposta do orçamento de defesa preserva o KC-390 e coloca “em espera” os helicópteros EC725
Tô vendo que esse "em espera" tá mais para "hibernando".
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Winicius- Tenente-Coronel
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