[Brasil] Embraer lucra com ''retrofit'' de aviões
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[Brasil] Embraer lucra com ''retrofit'' de aviões
Embraer lucra com ''retrofit'' de aviões Empresa tem contratos de US$ 1 bilhão para modernizar jatos militares das Forças Armadas brasileiras, e fechou acordo na Colômbia Roberto Godoy Em tempo de dinheiro curto, soluções criativas. Esse ambiente está abrindo para a Embraer Defesa e Segurança (EDS), um novo viés de negócios - o da revitalização tecnológica de aeronaves militares, que pode movimentar algo como US$ 2 bilhões. Metade disso é o tamanho estimado da demanda externa para esse tipo de serviços, segundo o analista americano Rick Austin, da Universidade da Califórnia. A outra metade, a empresa fatura executando três contratos nacionais - dois da Aeronáutica e um da Marinha. A Colômbia é o primeiro cliente internacional. A Embraer fará a modernização de 12 aviões Tucano, de treinamento de pilotos da força aérea, produzidos há cerca de 25 anos. O pacote completo abrange 126 aeronaves que serão trabalhadas na fábrica de Gavião Peixoto, a 300 quilômetros de São Paulo. No Brasil, a empresa está atualizando um total de 57 supersônicos F-5 e mais 43 bombardeiros leves AMX, todos da FAB. A encomenda da Marinha envolve 12 jatos combate Skyhawk, embarcados no porta-aviões São Paulo. A estimativa dos dois comandos é de que, na nova configuração, os seus esquadrões possam ser mantidos em operação até 2025. A EDS tem como parceira a israelense Elbit. Segundo um especialista dessa companhia, que não quer ser identificado, a característica dos programas "é a sua notável capacidade de fazer dos velhos caças, novos caças; não somente reformados, mas sim virtualmente reconstruídos, dos rebites ao novo radar de longo alcance". Para o presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar, "há 250 Emb-312 Tucano em operação em 20 países usuários, passíveis de revitalização e, na mesma situação, ao menos 70 supersônicos F-5". O fabricante original, a americana Northrop, produziu cerca de 1.350 jatos nos anos 70. Resistentes, com considerável poder de fogo, boa parte deles ainda está em operação, todavia, modernizados. Novo é novo. Aguiar destaca que "a revitalização, opção de baixo custo, é alternativa frente à necessidade de substituição de frotas envelhecidas e à baixa disponibilidade de orçamento. Sob essa ótica, a atividade passa a ser uma oportunidade de mercado, ainda mais para nossa empresa, comprovadamente capacitada a atender essa demanda". O executivo considera a extensão da vida útil dos jatos de combate da Marinha e da Aeronáutica "um fator positivo". Entretanto, Aguiar salienta que, "cada um a seu tempo, terão de ser, paulatina e inevitavelmente, substituídos pelos novos caças de superioridade aérea, os F-X2, previstos no plano de reaparelhamento". Um objetivo do projeto é aplicar na recuperação conhecimento avançado próprio, principalmente na integração de sistemas e de software embarcado. "Atingimos, com isso, o mesmo patamar operacional dos mais avançados aviões de combate existentes no mercado", diz Aguiar. PARA ENTENDER O preço da juventude recuperada no programa de revitalização custa, em média, US$ 6,5 milhões, considerados caças como o F-5 e o AMX. Na saída, ganham no nome a letra M, de modernizado. A configuração básica do miolo eletrônico cobre sistemas de navegação, ataque, pontaria por meio do capacete, de guerra eletrônica, transmissão de dados criptografados, autodefesa inteligente, computadores integrados e um poderoso radar Scipio, nacional, com alcance para localizar alvos entre 40 e 80 km. |
Via: NOTIMP
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