[Brasil] Fraport não disputará aeroporto São Gonçalo do Amarante
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[Brasil] Fraport não disputará aeroporto São Gonçalo do Amarante
FRAPORT NÃO DISPUTARÁ AEROPORTO SÃO GONÇALO DO AMARANTE
Às vésperas do leilão do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte, a operadora alemã Fraport, uma das principais interessadas no ciclo de privatizações previsto para o setor, afirma que não entrará na disputa. Uma combinação de demanda superestimada e regras pouco atraentes são as justificativas da empresa, que opera o aeroporto de Lima, no Peru, para não participar do leilão do primeiro aeroporto a ser entregue a mãos privadas.
"Estudamos o edital de Natal e achamos que a concessão é economicamente inviável. O retorno é tão baixo que não vale a pena. A Fraport não é o tipo de empresa que vai entrar numa concessão já sabendo que as regras não prestam", afirma o diretor de projetos, Felix von Berg.
Para o executivo, entre os principais problemas estão a forma como o edital define os aumentos de tarifa e a especificação de equipamentos caros e desnecessários. "A regulação econômica é uma grande confusão", afirma.
Além disso, o diretor classifica como um "erro grave" o estudo de demanda feito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo ele, a demanda de 2010, tomada como base, é metade do que foi estimado pela instituição. Esse cálculo é importante para os consórcios interessados, uma vez que os passageiros de voos internacionais são os que geram as maiores receitas aeronáuticas e comerciais dos terminais.
Embora fontes do governo digam que há interessados no leilão, previsto para o dia 22 de agosto depois de um adiamento de um mês, o desinteresse da Fraport pelo aeroporto de Natal acende a luz amarela e evoca lembranças do fracasso do leilão do projeto do trem de alta velocidade (TAV), ligando São Paulo, Campinas e Rio. Como não houve propostas, o governo teve de mudar as regras.
Von Berg, no entanto, é otimista quanto aos próximos aeroportos a entrar em leilão. Cumbica (Guarulhos) e Juscelino Kubitschek (Brasília), que o governo pretende conceder até o fim do ano, estão na mira da empresa. Viracopos (Campinas), porém, é outro caso difícil, na avaliação da Fraport.
"Dos três, Viracopos é sem dúvida o mais difícil de ser concedido. Primeiro porque investidores gostam de uma boa visibilidade de como será o fluxo. Porém o número de passageiros vai depender muito de que capacidade Guarulhos terá no futuro", diz o executivo. Além disso, boa parte da lucratividade do aeroporto se deve às altas tarifas cobradas pelo transporte de cargas.
O receio é de que esses valores caiam com a competição que as privatizações devem gerar. A situação de Viracopos pode se complicar ainda mais caso vingue o projeto do Novo Aeroporto de São Paulo (Nasp), que a Andrade Gutierrez e a Camargo Corrêa querem construir em regime privado em Caieiras, na Grande São Paulo. "Sabemos da ideia do Nasp e é claro que você vai colocar um prêmio de risco para isso. Nesse caso não seria o fim do mundo para Guarulhos, poisé um aeroporto já estabelecido. No caso de Viracopos, isso é bem preocupante", diz.
Para maximizar o valor de outorga dos aeroportos de São Paulo, avalia Von Berg, o governo deveria dar aos investidores a garantia de que nos primeiros dez anos de concessão, não autorizaria outro aeroporto num raio de 100 quilômetros. Ainda sem data para sair, as concessões do Galeão (Rio) e Confins (MG) também são objeto de cobiça da Fraport. (Glauber Gonçalves).
Fonte: Agência Estado
Via: Direto da Pista
Às vésperas do leilão do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte, a operadora alemã Fraport, uma das principais interessadas no ciclo de privatizações previsto para o setor, afirma que não entrará na disputa. Uma combinação de demanda superestimada e regras pouco atraentes são as justificativas da empresa, que opera o aeroporto de Lima, no Peru, para não participar do leilão do primeiro aeroporto a ser entregue a mãos privadas.
"Estudamos o edital de Natal e achamos que a concessão é economicamente inviável. O retorno é tão baixo que não vale a pena. A Fraport não é o tipo de empresa que vai entrar numa concessão já sabendo que as regras não prestam", afirma o diretor de projetos, Felix von Berg.
Para o executivo, entre os principais problemas estão a forma como o edital define os aumentos de tarifa e a especificação de equipamentos caros e desnecessários. "A regulação econômica é uma grande confusão", afirma.
Além disso, o diretor classifica como um "erro grave" o estudo de demanda feito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo ele, a demanda de 2010, tomada como base, é metade do que foi estimado pela instituição. Esse cálculo é importante para os consórcios interessados, uma vez que os passageiros de voos internacionais são os que geram as maiores receitas aeronáuticas e comerciais dos terminais.
Embora fontes do governo digam que há interessados no leilão, previsto para o dia 22 de agosto depois de um adiamento de um mês, o desinteresse da Fraport pelo aeroporto de Natal acende a luz amarela e evoca lembranças do fracasso do leilão do projeto do trem de alta velocidade (TAV), ligando São Paulo, Campinas e Rio. Como não houve propostas, o governo teve de mudar as regras.
Von Berg, no entanto, é otimista quanto aos próximos aeroportos a entrar em leilão. Cumbica (Guarulhos) e Juscelino Kubitschek (Brasília), que o governo pretende conceder até o fim do ano, estão na mira da empresa. Viracopos (Campinas), porém, é outro caso difícil, na avaliação da Fraport.
"Dos três, Viracopos é sem dúvida o mais difícil de ser concedido. Primeiro porque investidores gostam de uma boa visibilidade de como será o fluxo. Porém o número de passageiros vai depender muito de que capacidade Guarulhos terá no futuro", diz o executivo. Além disso, boa parte da lucratividade do aeroporto se deve às altas tarifas cobradas pelo transporte de cargas.
O receio é de que esses valores caiam com a competição que as privatizações devem gerar. A situação de Viracopos pode se complicar ainda mais caso vingue o projeto do Novo Aeroporto de São Paulo (Nasp), que a Andrade Gutierrez e a Camargo Corrêa querem construir em regime privado em Caieiras, na Grande São Paulo. "Sabemos da ideia do Nasp e é claro que você vai colocar um prêmio de risco para isso. Nesse caso não seria o fim do mundo para Guarulhos, poisé um aeroporto já estabelecido. No caso de Viracopos, isso é bem preocupante", diz.
Para maximizar o valor de outorga dos aeroportos de São Paulo, avalia Von Berg, o governo deveria dar aos investidores a garantia de que nos primeiros dez anos de concessão, não autorizaria outro aeroporto num raio de 100 quilômetros. Ainda sem data para sair, as concessões do Galeão (Rio) e Confins (MG) também são objeto de cobiça da Fraport. (Glauber Gonçalves).
Fonte: Agência Estado
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