TRIP: Como é Voar Nela?
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TRIP: Como é Voar Nela?
TRIP: Como é Voar Nela?
Este é o relato de minha experiência como consumidor da Trip. Reflete mais especificamente a experiência vivida em único vôo (5435) na rota Campinas/Belo Horizonte. As impressões aqui não podem ser generalizadas para todos os serviços prestados pela Trip, mas por outro lado podem ajudar a subsidiar com informações algum consumidor.
Preços
Inicialmente a opção seria voar de Azul, onde cheguei a comprar uma passagem por 131,52 reais (valor usando código de desconto Minas15 e com taxas inclusas). Mas como blogueiro de passagens aéreas paga até mais caro para poder fazer uma trip report, optei por cancelar a passagem da Azul ao ver uma promoção da Trip no Twitter dela. Paguei então 134,42 reais (com taxas inclusas). Se no caso da Azul teria deslocamento de ônibus grátis até Viracopos, na Trip, o vôo teria como destino o aeroporto da Pampulha em Belo Horizonte, localizado dentro da cidade (ao contrário do distante aeroporto de Confins onde pousaria o vôo da Azul).
Compra dos Bilhetes
Não foi fácil voar de Trip! Foram 3 dias tentando comprar uma passagem para voar nela. Todas as minhas tentativas de compra no site davam erro no momento do pagamento, fato que gera muita insegurança no consumidor ao realizar uma compra na internet. Por duas vezes entrei em contato com o Call Center da Trip que confirmava que não havia sido concretizada a compra. Na primeira vez, recebi a informação que o sistema “do site” estaria em atualização e que deveria tentar depois ou emitir no Call Center pagando taxa de remuneração pela emissão ao agente (DU)… A outra opção seria então enviar um email para o SAC da Trip e tentar que liberassem a compra sem pagamento de DU. Na segunda vez, a atendente preferiu colocar a culpa no meu cartão de crédito (aquele que tinha comprado na Azul sem problemas…). Segui o conselho da primeira atendente, e porque queria MUITO viajar na Trip, mandei um email com o print screen do erro para o SAC. Responderam que fizeram a reserva, mas que analisariam o print screen e então liberariam a compra sem taxa DU. Como não veio a resposta por email, entrei em contato com o Call Center de novo mais tarde e fiquei sabendo que a compra sem pagamento de taxa DU teria sido aprovada.
Resumo, se não estivesse querendo MUITO voar de Trip não tinha comprado essa passagem. Me pareceu que a Trip prefere penalizar o consumidor com pagamento de DU no Call Center a perder a venda quando o site dela não funciona direito. Muita burocracia por um problema da própria cia aérea. Coincidência ou não, pouco tempo depois, o visual do site mudou, mas não sei se o sistema que o dá suporte foi modificado.
Transporte
O Transporte de São Paulo, onde eu estava, a Viracopos, ao contrário da Azul, foi feito as minhas custas. Por questões de tempo, optei por fazer a rota São Paulo/Campinas de ônibus da Cometa (R$ 19,50) e Campinas/Viracopos de ônibus da Caprioli (R$ 8). O Valor total gasto no transporte foi de 27,50 reais, mas como fui via Campinas e enfrentei o trânsito de São Paulo, gastei 2 horas e 20 minutos no deslocamento. A VB, outra empresa com SAC pouco atuante (falaremos disso em outro post), tem ônibus direto operando a rota São Paulo (Terminal Tietê) para Viracopos por 19 reais, o que economiza um bom tempo de viagem e alguns reais no bolso para o lanche no aeroporto.
Check In
Encontramos o balcão quase sem fila. Mas para nossa surpresa, o vôo estava atrasado em mais de 1 hora. Alegaram que um problema médico no vôo que vinha de Belo Horizonte (BH) teria feito a aeronave retornar para BH. Problemas acontecem, só não entendi porque os passageiros, que iriam para Curitiba no vôo 5503, também sofriam com o mesmo atraso, apesar da aeronave já estar em solo. Esperando passageiros de conexão?! Mas isso também é história para outro post. Apesar do acontecido, todos os funcionários com quem tive contato foram extremamente gentis e solícitos.
Pontualidade
Naquele dia não pareceu ser o forte da Trip. Meu vôo que estava programado para partir as 20:15, decolou as 21:45… Tudo bem, eles tinham uma justificativa. Mas o vôo para Curitiba que era para partir as 20:05, só saiu depois do meu (olha que os passageiros daquele vôo foram embarcados 15 minutos antes do meu)…
Aeronave
O vôo foi operado com um ATR-42 300 (máximo de 45 passageiros como esse aqui) que ainda não possuía as novas cores da Trip. Um avião aparentava já ter um pouco de idade. Boas poltronas, mas com um teto um pouco baixo. O ruído, como em outros turboélices, é um pouco mais alto que o dos jatos (inclusive os Fokkers), mas depois de um tempo acostuma-se com ele. Já tinha voado em um ATR- 72 na Bangkok Airways e já sabia desse pequeno inconveniente. Lembrando que a Trip também opera com ATR-72 e com jatos Embraer E-175.
Serviço de Bordo
Serviço de bordo à antiga, mesmo em um vôo curto como aquele. Foi servido um empanado de frango, uma salada de frutas e uns biscoitos, além de bebidas. As balas que passaram a fazer parte do serviço de bordo da Tam e depois da Gol, também marcaram presença. Comissária mostrando a mesma gentileza do pessoal de terra. Ponto para a Trip!
Revista de bordo estava disponível para quem quisesse ler alguma coisa. Nada de sistema de áudio ou vídeo na aeronave. Traga seu eletrônico favorito para maior distração, além de ajudar a amenizar o ruído para os mais sensíveis!
Bagagens
O pouso foi no aeroporto da Pampulha, aeroporto que possui uma ótima localização, mas carece de infraestrutura. Minha mala não demorou muito a chegar a única esteira da reduzida sala de desembarque do aeroporto. Comprovantes de bagagem são checados antes de se deixar sala.
Fica patente que aquele aeroporto, apesar de suas virtudes, não tem condição de receber mais do que aviões regionais e em número reduzido como os da Trip.
Análise do Aquela Passagem
Pontos fortes: Fica claro que o maior patrimônio da Trip é seus funcionários. Gentis, disponíveis e muito educados dão o suporte que a cia precisa. O serviço de bordo à antiga e compatível com o curto vôo foi destaque. Pousar na Pampulha é outro diferencial no caso dessa rota. O Twitter da Trip que traz sempre as principais ofertas também é destaque positivo.
Pontos fracos: Pontualidade neaquele dia não foi definitivamente um ponto forte. O site, a dificuldade de concretizar uma compra e a falta de política pré-definida que dê suporte aos erros do mesmo são postos negativos importantes para quem gosta e já se habitou a comprar na Internet. O Twitter da Trip que não dá suporte ao consumidor é um ponto negativo. Fiz duas perguntas sobre questões de venda , coisas de interesse deles em divulgar, e nada de respostas.
Ponto Neutro: Se a aeronave não é uma das mais silenciosas, também não é das mais apertadas. Não compromete a viagem e está dentro da proposta da cia aérea.
Resumo
A Trip parece ter nas suas mãos o necessário para crescer e se destacar: aeronaves boas (principalmente os ATRs 72 e Embraer 175), ótimo pessoal de bordo e terra, rotas muito interessantes e, recentemente, boas promoções de tarifas. Mas apesar disso, revela não saber utilizar o que tem na mão. Políticas de atenção ao consumidor e práticas operacionais antigas (atrasar vôo para aguardar passageiros de conexão, ou não informá-lo da forma adequada, por exemplo) parecem minar os esforços de quem precisa se mostrar melhor aos novos passageiros/consumidores. Isso fica mais claro diante da política de auto-promoção que a Azul pratica desde sua fundação. Mas o bom disso tudo é os pontos negativos da Trip são compostos de elementos que a Trip tem como consertar rapidamente a fim de formar uma sólido alicerce para seu crescimento e sustentar uma concorrência nas rotas onde opera, coisa que nós consumidores agradecemos.
Se eu voaria de novo de Trip? Sim, voaria não só para dar uma nova chance a cia aérea de me surpreender, mas porque o resultado do meu vôo foi superior ao mínimo que exijo de uma cia aérea. Mas se uma concorrente tiver um preço menor, a decisão fica muito mais difícil.
Essa viagem não contou com nenhum suporte da Trip e foi inteiramente custeada com recursos oriundos do blog.
Fonte: aquelapassagem.com.br
Relato: 21/08/09
Valores citados referentes aos preços praticados na data do relato.
Este é o relato de minha experiência como consumidor da Trip. Reflete mais especificamente a experiência vivida em único vôo (5435) na rota Campinas/Belo Horizonte. As impressões aqui não podem ser generalizadas para todos os serviços prestados pela Trip, mas por outro lado podem ajudar a subsidiar com informações algum consumidor.
Preços
Inicialmente a opção seria voar de Azul, onde cheguei a comprar uma passagem por 131,52 reais (valor usando código de desconto Minas15 e com taxas inclusas). Mas como blogueiro de passagens aéreas paga até mais caro para poder fazer uma trip report, optei por cancelar a passagem da Azul ao ver uma promoção da Trip no Twitter dela. Paguei então 134,42 reais (com taxas inclusas). Se no caso da Azul teria deslocamento de ônibus grátis até Viracopos, na Trip, o vôo teria como destino o aeroporto da Pampulha em Belo Horizonte, localizado dentro da cidade (ao contrário do distante aeroporto de Confins onde pousaria o vôo da Azul).
Compra dos Bilhetes
Não foi fácil voar de Trip! Foram 3 dias tentando comprar uma passagem para voar nela. Todas as minhas tentativas de compra no site davam erro no momento do pagamento, fato que gera muita insegurança no consumidor ao realizar uma compra na internet. Por duas vezes entrei em contato com o Call Center da Trip que confirmava que não havia sido concretizada a compra. Na primeira vez, recebi a informação que o sistema “do site” estaria em atualização e que deveria tentar depois ou emitir no Call Center pagando taxa de remuneração pela emissão ao agente (DU)… A outra opção seria então enviar um email para o SAC da Trip e tentar que liberassem a compra sem pagamento de DU. Na segunda vez, a atendente preferiu colocar a culpa no meu cartão de crédito (aquele que tinha comprado na Azul sem problemas…). Segui o conselho da primeira atendente, e porque queria MUITO viajar na Trip, mandei um email com o print screen do erro para o SAC. Responderam que fizeram a reserva, mas que analisariam o print screen e então liberariam a compra sem taxa DU. Como não veio a resposta por email, entrei em contato com o Call Center de novo mais tarde e fiquei sabendo que a compra sem pagamento de taxa DU teria sido aprovada.
Resumo, se não estivesse querendo MUITO voar de Trip não tinha comprado essa passagem. Me pareceu que a Trip prefere penalizar o consumidor com pagamento de DU no Call Center a perder a venda quando o site dela não funciona direito. Muita burocracia por um problema da própria cia aérea. Coincidência ou não, pouco tempo depois, o visual do site mudou, mas não sei se o sistema que o dá suporte foi modificado.
Transporte
O Transporte de São Paulo, onde eu estava, a Viracopos, ao contrário da Azul, foi feito as minhas custas. Por questões de tempo, optei por fazer a rota São Paulo/Campinas de ônibus da Cometa (R$ 19,50) e Campinas/Viracopos de ônibus da Caprioli (R$ 8). O Valor total gasto no transporte foi de 27,50 reais, mas como fui via Campinas e enfrentei o trânsito de São Paulo, gastei 2 horas e 20 minutos no deslocamento. A VB, outra empresa com SAC pouco atuante (falaremos disso em outro post), tem ônibus direto operando a rota São Paulo (Terminal Tietê) para Viracopos por 19 reais, o que economiza um bom tempo de viagem e alguns reais no bolso para o lanche no aeroporto.
Check In
Encontramos o balcão quase sem fila. Mas para nossa surpresa, o vôo estava atrasado em mais de 1 hora. Alegaram que um problema médico no vôo que vinha de Belo Horizonte (BH) teria feito a aeronave retornar para BH. Problemas acontecem, só não entendi porque os passageiros, que iriam para Curitiba no vôo 5503, também sofriam com o mesmo atraso, apesar da aeronave já estar em solo. Esperando passageiros de conexão?! Mas isso também é história para outro post. Apesar do acontecido, todos os funcionários com quem tive contato foram extremamente gentis e solícitos.
Pontualidade
Naquele dia não pareceu ser o forte da Trip. Meu vôo que estava programado para partir as 20:15, decolou as 21:45… Tudo bem, eles tinham uma justificativa. Mas o vôo para Curitiba que era para partir as 20:05, só saiu depois do meu (olha que os passageiros daquele vôo foram embarcados 15 minutos antes do meu)…
Aeronave
O vôo foi operado com um ATR-42 300 (máximo de 45 passageiros como esse aqui) que ainda não possuía as novas cores da Trip. Um avião aparentava já ter um pouco de idade. Boas poltronas, mas com um teto um pouco baixo. O ruído, como em outros turboélices, é um pouco mais alto que o dos jatos (inclusive os Fokkers), mas depois de um tempo acostuma-se com ele. Já tinha voado em um ATR- 72 na Bangkok Airways e já sabia desse pequeno inconveniente. Lembrando que a Trip também opera com ATR-72 e com jatos Embraer E-175.
Serviço de Bordo
Serviço de bordo à antiga, mesmo em um vôo curto como aquele. Foi servido um empanado de frango, uma salada de frutas e uns biscoitos, além de bebidas. As balas que passaram a fazer parte do serviço de bordo da Tam e depois da Gol, também marcaram presença. Comissária mostrando a mesma gentileza do pessoal de terra. Ponto para a Trip!
Revista de bordo estava disponível para quem quisesse ler alguma coisa. Nada de sistema de áudio ou vídeo na aeronave. Traga seu eletrônico favorito para maior distração, além de ajudar a amenizar o ruído para os mais sensíveis!
Bagagens
O pouso foi no aeroporto da Pampulha, aeroporto que possui uma ótima localização, mas carece de infraestrutura. Minha mala não demorou muito a chegar a única esteira da reduzida sala de desembarque do aeroporto. Comprovantes de bagagem são checados antes de se deixar sala.
Fica patente que aquele aeroporto, apesar de suas virtudes, não tem condição de receber mais do que aviões regionais e em número reduzido como os da Trip.
Análise do Aquela Passagem
Pontos fortes: Fica claro que o maior patrimônio da Trip é seus funcionários. Gentis, disponíveis e muito educados dão o suporte que a cia precisa. O serviço de bordo à antiga e compatível com o curto vôo foi destaque. Pousar na Pampulha é outro diferencial no caso dessa rota. O Twitter da Trip que traz sempre as principais ofertas também é destaque positivo.
Pontos fracos: Pontualidade neaquele dia não foi definitivamente um ponto forte. O site, a dificuldade de concretizar uma compra e a falta de política pré-definida que dê suporte aos erros do mesmo são postos negativos importantes para quem gosta e já se habitou a comprar na Internet. O Twitter da Trip que não dá suporte ao consumidor é um ponto negativo. Fiz duas perguntas sobre questões de venda , coisas de interesse deles em divulgar, e nada de respostas.
Ponto Neutro: Se a aeronave não é uma das mais silenciosas, também não é das mais apertadas. Não compromete a viagem e está dentro da proposta da cia aérea.
Resumo
A Trip parece ter nas suas mãos o necessário para crescer e se destacar: aeronaves boas (principalmente os ATRs 72 e Embraer 175), ótimo pessoal de bordo e terra, rotas muito interessantes e, recentemente, boas promoções de tarifas. Mas apesar disso, revela não saber utilizar o que tem na mão. Políticas de atenção ao consumidor e práticas operacionais antigas (atrasar vôo para aguardar passageiros de conexão, ou não informá-lo da forma adequada, por exemplo) parecem minar os esforços de quem precisa se mostrar melhor aos novos passageiros/consumidores. Isso fica mais claro diante da política de auto-promoção que a Azul pratica desde sua fundação. Mas o bom disso tudo é os pontos negativos da Trip são compostos de elementos que a Trip tem como consertar rapidamente a fim de formar uma sólido alicerce para seu crescimento e sustentar uma concorrência nas rotas onde opera, coisa que nós consumidores agradecemos.
Se eu voaria de novo de Trip? Sim, voaria não só para dar uma nova chance a cia aérea de me surpreender, mas porque o resultado do meu vôo foi superior ao mínimo que exijo de uma cia aérea. Mas se uma concorrente tiver um preço menor, a decisão fica muito mais difícil.
Essa viagem não contou com nenhum suporte da Trip e foi inteiramente custeada com recursos oriundos do blog.
Fonte: aquelapassagem.com.br
Relato: 21/08/09
Valores citados referentes aos preços praticados na data do relato.
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