[Brasil] Calote a vista? Embraer vê risco em contrato com JetBlue
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[Brasil] Calote a vista? Embraer vê risco em contrato com JetBlue
Calote a vista? Embraer vê risco em contrato com JetBlue
A Embraer vê risco no cumprimento do contrato pela companhia aérea
norte-americana JetBlue, afirmou à Reuters no final do domingo o
presidente da fabricante brasileira de jatos, Frederico Curado.
A JetBlue, que vem enfrentando dificuldades, foi a cliente lançadora do
avião Embraer 190, de 100 passageiros, com pedido firme de 100 unidades
e outras 100 opções de compra, em contrato assinado em 2003 avaliado à
época em até 6 bilhões de dólares.
"Já deveriam ter sido entregues os 100 (aviões do pedido firme) há
bastante tempo, era para terem sido entregues em quatro, cinco anos e
isso não aconteceu. Temos tido uma enorme flexibilidade em termos de
ajustar as entregas", disse Curado na véspera da abertura da Paris Air
Show, em Le Bourget.
A multa prevista em contrato para a JetBlue no caso de cancelamento do
pedido acaba não sendo uma alternativa pelo valor irrisório diante da
possibilidade de perda de um cliente dessa relevância.
Até o final de março, a Embraer tinha entregue apenas 49 aviões para a
JetBlue. Segundo Curado, se a companhia norte-americana adotar em sua
frota o novo avião A320neo, da Airbus, a fabricante brasileira "pode ter
um risco maior" com as 51 aeronaves restantes da encomenda firme.
Questionado sobre as 100 opções de compra da JetBlue, o executivo foi taxativo:
"Exercer as opções é pouco provável, sinceramente".
Ele frisou, contudo, que dada a diversificação da base de clientes --são
cerca de 60 companhias aéreas atualmente no mundo voando com os E-Jets
de 70 a 122 assentos da Embraer-- o impacto no resultado da empresa não
seria dramático.
A Embraer tinha no final do terceiro trimestre pedidos firmes por 270
aviões comercias, o equivalente a entre dois e três anos de entregas.
Além disso, a carteira contava com 705 opções de compra, número
considerado expressivo por analistas.
Segundo Curado, a Embraer tem conseguido transformar mais de 50 por cento das
opções em encomendas firmes. A manutenção dessa taxa de sucesso
dependerá da conjuntura econômica.
PETRÓLEO E EUROPA
As ameaças à indústria no horizonte vêm do preço em alta do petróleo,
consequência dos conflitos políticos no Oriente Médio e Norte da
África, e da crise de dívida soberana na Europa. Nada suficiente, até
agora, para que companhias aéreas posterguem decisões de compra de
aviões ou adiem o recebimento de aeronaves.
Apesar do discurso cauteloso, Curado afirmou que sua visão hoje sobre a
indústria aeronáutica "é um pouco melhor que a do ano passado". Se
comparado à edição anterior da Paris Air Show em 2009, que "estava um
clima de velório diante da recessão econômica global, a indústria está
bem mais animada".
ENTREGAS
Sobre a meta de entregas de aviões comerciais em 2011, de 102 unidades,
Curado disse que ela será cumprida apesar de problemas no fornecimento
de componentes do Japão após o terremoto e o tsunami que atingiram o
país asiático em março.
O atraso no recebimento de motores da General Electric com peças
japonesas fará com que as entregas de jatos no segundo e no terceiro
trimestres fiquem um pouco baixas, mas haverá concentração de outubro a
dezembro para compensar.
Curado disse ainda que a Embraer pretende ter pelo menos 1 pedido novo para
cada entrega de avião comercial feita em 2011, para fazer a carteira de
pedidos "crescer um pouco".
O executivo afirmou que a Embraer já sente mais pressão de novos
concorrentes nas campanhas de vendas, sobretudo da russa Sukhoi com o
Superjet 100. Ele citou também o CSeries, da rival canadense Bombardier,
ainda em desenvolvimento.
Diante do aumento da competição, a Embraer tem sido criticada por alguns
analistas pela demora em decidir seu próximo passo na aviação
comercial, se remodela sua atual família de jatos ou se parte para um
custoso e arriscado desenvolvimento de uma aeronave maior que a
colocaria em disputa com as gigantes Boeing e Airbus.
"Estamos sentindo o aumento da competição e não podemos ter ilusão de que vamos
ficar de braços cruzados sem anunciar nossos planos e está tudo bem. A
expectativa começa a aumentar. Eu continuo achando que até o final do
ano a gente já tem um direcionamento", disse.
A Embraer terminou março com 16 bilhões de dólares em pedidos firmes
nos segmentos de aviação comercial, executiva e defesa, 400 milhões de
dólares a mais que dezembro de 2010.
Fonte: Estadão
Via: Hangar do Vinna
A Embraer vê risco no cumprimento do contrato pela companhia aérea
norte-americana JetBlue, afirmou à Reuters no final do domingo o
presidente da fabricante brasileira de jatos, Frederico Curado.
A JetBlue, que vem enfrentando dificuldades, foi a cliente lançadora do
avião Embraer 190, de 100 passageiros, com pedido firme de 100 unidades
e outras 100 opções de compra, em contrato assinado em 2003 avaliado à
época em até 6 bilhões de dólares.
"Já deveriam ter sido entregues os 100 (aviões do pedido firme) há
bastante tempo, era para terem sido entregues em quatro, cinco anos e
isso não aconteceu. Temos tido uma enorme flexibilidade em termos de
ajustar as entregas", disse Curado na véspera da abertura da Paris Air
Show, em Le Bourget.
A multa prevista em contrato para a JetBlue no caso de cancelamento do
pedido acaba não sendo uma alternativa pelo valor irrisório diante da
possibilidade de perda de um cliente dessa relevância.
Até o final de março, a Embraer tinha entregue apenas 49 aviões para a
JetBlue. Segundo Curado, se a companhia norte-americana adotar em sua
frota o novo avião A320neo, da Airbus, a fabricante brasileira "pode ter
um risco maior" com as 51 aeronaves restantes da encomenda firme.
Questionado sobre as 100 opções de compra da JetBlue, o executivo foi taxativo:
"Exercer as opções é pouco provável, sinceramente".
Ele frisou, contudo, que dada a diversificação da base de clientes --são
cerca de 60 companhias aéreas atualmente no mundo voando com os E-Jets
de 70 a 122 assentos da Embraer-- o impacto no resultado da empresa não
seria dramático.
A Embraer tinha no final do terceiro trimestre pedidos firmes por 270
aviões comercias, o equivalente a entre dois e três anos de entregas.
Além disso, a carteira contava com 705 opções de compra, número
considerado expressivo por analistas.
Segundo Curado, a Embraer tem conseguido transformar mais de 50 por cento das
opções em encomendas firmes. A manutenção dessa taxa de sucesso
dependerá da conjuntura econômica.
PETRÓLEO E EUROPA
As ameaças à indústria no horizonte vêm do preço em alta do petróleo,
consequência dos conflitos políticos no Oriente Médio e Norte da
África, e da crise de dívida soberana na Europa. Nada suficiente, até
agora, para que companhias aéreas posterguem decisões de compra de
aviões ou adiem o recebimento de aeronaves.
Apesar do discurso cauteloso, Curado afirmou que sua visão hoje sobre a
indústria aeronáutica "é um pouco melhor que a do ano passado". Se
comparado à edição anterior da Paris Air Show em 2009, que "estava um
clima de velório diante da recessão econômica global, a indústria está
bem mais animada".
ENTREGAS
Sobre a meta de entregas de aviões comerciais em 2011, de 102 unidades,
Curado disse que ela será cumprida apesar de problemas no fornecimento
de componentes do Japão após o terremoto e o tsunami que atingiram o
país asiático em março.
O atraso no recebimento de motores da General Electric com peças
japonesas fará com que as entregas de jatos no segundo e no terceiro
trimestres fiquem um pouco baixas, mas haverá concentração de outubro a
dezembro para compensar.
Curado disse ainda que a Embraer pretende ter pelo menos 1 pedido novo para
cada entrega de avião comercial feita em 2011, para fazer a carteira de
pedidos "crescer um pouco".
O executivo afirmou que a Embraer já sente mais pressão de novos
concorrentes nas campanhas de vendas, sobretudo da russa Sukhoi com o
Superjet 100. Ele citou também o CSeries, da rival canadense Bombardier,
ainda em desenvolvimento.
Diante do aumento da competição, a Embraer tem sido criticada por alguns
analistas pela demora em decidir seu próximo passo na aviação
comercial, se remodela sua atual família de jatos ou se parte para um
custoso e arriscado desenvolvimento de uma aeronave maior que a
colocaria em disputa com as gigantes Boeing e Airbus.
"Estamos sentindo o aumento da competição e não podemos ter ilusão de que vamos
ficar de braços cruzados sem anunciar nossos planos e está tudo bem. A
expectativa começa a aumentar. Eu continuo achando que até o final do
ano a gente já tem um direcionamento", disse.
A Embraer terminou março com 16 bilhões de dólares em pedidos firmes
nos segmentos de aviação comercial, executiva e defesa, 400 milhões de
dólares a mais que dezembro de 2010.
Fonte: Estadão
Via: Hangar do Vinna
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