[Brasil] Demanda faz piloto criar escola para formar colegas
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[Brasil] Demanda faz piloto criar escola para formar colegas
Demanda faz piloto criar escola para formar colegas
Foto: Arquivo Pessoal Eduardo Faraco
Comandante de Boeing, Eduardo Faraco abriu empresa em
Florianópolis. Ele tem orgulho de ter tomado banho de óleo, tradição
entre iniciantes.
Piloto de linha aérea comercial há 12 anos, Eduardo Faraco é hoje
comandante de Boeing 737 de uma das maiores companhias brasileiras.
Realizado com a profissão e atento ao aumento da demanda no mercado, ele
resolveu, junto com outros dois colegas de profissão, montar uma escola
para formar novos pilotos em Florianópolis, Santa Catarina.
“Quando eu entrei, o mercado tinha altos e baixos. Eu ingressei na
minha profissão por vocação, gosto, paixão mesmo. Desde garoto andava
com aviãozinho em mãos, sabia que era isso que eu queria da vida”, diz o
piloto, hoje com 29 anos.
“O mercado neste ano está mais quente do que nunca. A realidade do
Brasil está exigindo mais tripulação e a formação é deficitária para
absorver isso”, diz Faraco, que já fez vários treinamentos no exterior.
Um dos fatores que o levaram a montar a escola de aviação, inaugurada
na última quinta-feira (7), é o que ele chama de "déficit de
experiência dos instrutores".
“A formação do curso preparatório para piloto privado e comercial é
básica. Aviação é experiência, a soma do que você aprendeu na prática, o
que fez errado e o que fez certo. Quem tem mais horas de voo de verdade
consegue passar algo diferente para os novatos”, acredita.
Segundo Faraco, a convivência com jovens ainda em formação faz com
que pilotos experientes mantenham-se também atualizados. Para se formar
como piloto comercial, a Anac exige pelo menos 150 horas de voo, mas,
segundo ele, muitas companhias contratam apenas pilotos que tenham mais
experiência, que já voaram 500 horas ou mais de 1,5 mil horas,
dependendo da aeronave.
“A procura hoje é grande por pilotos, mas a formação é cara. Tudo
na aviação é em dólar e é importado. A formação de um piloto custa mais
caro no Brasil do que fora, fica em R$ 75 mil, R$ 80 mil ou mais”, diz.
Banho de óleo
O piloto tem orgulho de, ao se formar, ter seguido uma das tradições
mais antigas na aviação: o novato é recebido com um banho de óleo assim
que pousa de um voo solo.
“Atualmente, não é mais recomendado o banho de óleo, pois prejudica a
pele, é agressivo. Quando eu tomei o meu, passei três dias esfregando
com esponja embebida em gasolina para tirar o óleo. Mas tenho muito
orgulho de ter seguido a tradição”, afirma.
“ Hoje as escolas usam banho de água mesmo. Assim que o piloto desce
da aeronave, colocam ele sentado em um banquinho segurando o manche e
despejam um balde de água. É uma brincadeira que simboliza uma passagem,
um momento especial na carreira do piloto”, segundo Eduardo.
Por Tahiane Stochero
Fonte: G1
Via: Hangar 20
Foto: Arquivo Pessoal Eduardo Faraco
Comandante de Boeing, Eduardo Faraco abriu empresa em
Florianópolis. Ele tem orgulho de ter tomado banho de óleo, tradição
entre iniciantes.
Piloto de linha aérea comercial há 12 anos, Eduardo Faraco é hoje
comandante de Boeing 737 de uma das maiores companhias brasileiras.
Realizado com a profissão e atento ao aumento da demanda no mercado, ele
resolveu, junto com outros dois colegas de profissão, montar uma escola
para formar novos pilotos em Florianópolis, Santa Catarina.
“Quando eu entrei, o mercado tinha altos e baixos. Eu ingressei na
minha profissão por vocação, gosto, paixão mesmo. Desde garoto andava
com aviãozinho em mãos, sabia que era isso que eu queria da vida”, diz o
piloto, hoje com 29 anos.
“O mercado neste ano está mais quente do que nunca. A realidade do
Brasil está exigindo mais tripulação e a formação é deficitária para
absorver isso”, diz Faraco, que já fez vários treinamentos no exterior.
Um dos fatores que o levaram a montar a escola de aviação, inaugurada
na última quinta-feira (7), é o que ele chama de "déficit de
experiência dos instrutores".
“A formação do curso preparatório para piloto privado e comercial é
básica. Aviação é experiência, a soma do que você aprendeu na prática, o
que fez errado e o que fez certo. Quem tem mais horas de voo de verdade
consegue passar algo diferente para os novatos”, acredita.
Segundo Faraco, a convivência com jovens ainda em formação faz com
que pilotos experientes mantenham-se também atualizados. Para se formar
como piloto comercial, a Anac exige pelo menos 150 horas de voo, mas,
segundo ele, muitas companhias contratam apenas pilotos que tenham mais
experiência, que já voaram 500 horas ou mais de 1,5 mil horas,
dependendo da aeronave.
“A procura hoje é grande por pilotos, mas a formação é cara. Tudo
na aviação é em dólar e é importado. A formação de um piloto custa mais
caro no Brasil do que fora, fica em R$ 75 mil, R$ 80 mil ou mais”, diz.
Banho de óleo
O piloto tem orgulho de, ao se formar, ter seguido uma das tradições
mais antigas na aviação: o novato é recebido com um banho de óleo assim
que pousa de um voo solo.
“Atualmente, não é mais recomendado o banho de óleo, pois prejudica a
pele, é agressivo. Quando eu tomei o meu, passei três dias esfregando
com esponja embebida em gasolina para tirar o óleo. Mas tenho muito
orgulho de ter seguido a tradição”, afirma.
“ Hoje as escolas usam banho de água mesmo. Assim que o piloto desce
da aeronave, colocam ele sentado em um banquinho segurando o manche e
despejam um balde de água. É uma brincadeira que simboliza uma passagem,
um momento especial na carreira do piloto”, segundo Eduardo.
Por Tahiane Stochero
Fonte: G1
Via: Hangar 20
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