[Brasil] Feito no Brasil, desenvolvido no Brasil
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[Brasil] Feito no Brasil, desenvolvido no Brasil
Feito no Brasil, desenvolvido no Brasil
Um caça F-5EM do 1º/14º Grupo de Aviação de Caça, "Esquadrão Pampa", chega para pouso durante o Red Flag em 2008, na Base Aérea de Nellis, Nevada.
Circunstâncias internacionais contribuíram para que o Brasil crescesse na última década em direção ao patamar mais elevado da economia mundial. Mas a escalada deste degrau, comentada e reconhecida pelos experts de todas as latitudes, foi também obra e graça de decisões tomadas aqui dentro, seja na esfera pública ou na iniciativa privada – e muitas delas umbilicalmente atreladas a um saudável conceito criado pela nossa estratégia nacional de defesa: “feito no Brasil, desenvolvido no Brasil”.
Parece que não há dúvida de que, quando o País tem capacidade para gerar tecnologia e produtos de qualidade a preços competitivos, é nesse manancial que devemos nos abastecer, uma vez que reproduz e redistribui aqui o resultado dos esforços coletivos. Prova disso é a recente divulgação do crescimento das oportunidades internas a partir do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), firmado há dois anos com a França, estando a cargo da Marinha do Brasil avaliar as potencialidades de participação de empresas brasileiras. E já não era sem tempo, mesmo, que passássemos de importantes fornecedores de matérias-primas para um país capaz de ir além, entregando ao mundo produtos acabados e no “estado da arte”. Muitos deles, registre-se, nascidos da criatividade cabocla, como o avião e o rádio, invento também creditado ao padre gaúcho Roberto Landell de Moura – ambas as paternidades, porém, ainda mantidas no escaninho das polêmicas.
É, aliás, impactante o impulso da aviação brasileira, desde Santos-Dumont até o já cobiçado KC 390, extraordinária aeronave de última geração gestada nos escritórios, laboratórios e hangares da Embraer, a voar dentro de cinco anos. Trata-se de mais um produto que orgulha, não só pelos seus reconhecidos aspectos técnicos, mas pelo anunciado sucesso comercial: a expectativa é a de assegurar, em 15 anos, 20% do mercado mundial de cargueiros, hoje estimado em 700 unidades – um bolo que beira os US$ 50 bilhões -, a iniciar por uma oportuna compra já contratada pela Força Aérea Brasileira (FAB), de 28 aeronaves. A Colômbia acaba de assinar contrato para a compra de 12, enquanto entram na fila Portugal, Chile, França, entre outros. E atrás do E 190 estão os norte-americanos da Republic Airlines e os ingleses da Flybe.
Além desses fatos já divulgados e aqui resumidos, encontramos no mundo da aviação brasileira outros feitos notáveis, e que poucos conhecem.
Em 2008, um Esquadrão de caças F-5 da FAB esteve nos EUA participando do Red Flag (foto acima), o mais importante e complexo exercício de combate aéreo do mundo. Surpresa: pilotos brasileiros, em aeronaves modernizadas pela brasileira Embraer, com aviônica produzida pela também brasileira Aeroeletrônica, conseguiram alcançar o mesmo índice de sucesso dos pilotos americanos, marcando a mais importante participação da FAB em operações internacionais.
Um dos grandes sucesso da brasileira Embraer, o A-29 Super Tucano.
Ou seja, há muito de verde-amarelo na aviação mundial, desde a competência dos nossos pilotos à qualidade dos produtos. Lembramos, ainda, a aeronave de transporte C95 (Bandeirante), de patrulha marítima P-95 (Bandeirulha) do A 29, o Super Tucano, todos da Embraer e igualmente abastecidos em seu sistema de inteligência pela Aeroeletrônica – há mais de 20 anos parceira da empresa e a única brasileira capaz de fazer frente às indústrias internacionais em aviônica embarcada. Isso porque, a par de ser flexível a exigências específicas, é capaz de estar em qualquer parte do mundo, em instantes – como comprova a sua capacidade de suporte à FAB, ao responder em menos de 30 minutos a emergências a 5 mil km de distância.
Esses exemplos, dentre centenas, demonstram que, sim, é possível entrelaçar empresas brasileiras para abraçar grandes negócios internacionais e atender, ao mesmo tempo, ao feliz conceito já referido: feito no Brasil, desenvolvido no Brasil. E, no caso, homenagear a memória do pai da aviação, que certamente sentir-se-ia orgulhoso da competência brasileira diante do mais genial de seus inúmeros inventos.
Fonte: Mauro José M. Gandra* – O Estado de São Paulo, via NOTIMP
* TENENTE-BRIGADEIRO DO AR R1, FOI MINISTRO DA AERONÁUTICA
Via:http://cavok.com.br/blog/?p=18782
Um caça F-5EM do 1º/14º Grupo de Aviação de Caça, "Esquadrão Pampa", chega para pouso durante o Red Flag em 2008, na Base Aérea de Nellis, Nevada.
Circunstâncias internacionais contribuíram para que o Brasil crescesse na última década em direção ao patamar mais elevado da economia mundial. Mas a escalada deste degrau, comentada e reconhecida pelos experts de todas as latitudes, foi também obra e graça de decisões tomadas aqui dentro, seja na esfera pública ou na iniciativa privada – e muitas delas umbilicalmente atreladas a um saudável conceito criado pela nossa estratégia nacional de defesa: “feito no Brasil, desenvolvido no Brasil”.
Parece que não há dúvida de que, quando o País tem capacidade para gerar tecnologia e produtos de qualidade a preços competitivos, é nesse manancial que devemos nos abastecer, uma vez que reproduz e redistribui aqui o resultado dos esforços coletivos. Prova disso é a recente divulgação do crescimento das oportunidades internas a partir do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), firmado há dois anos com a França, estando a cargo da Marinha do Brasil avaliar as potencialidades de participação de empresas brasileiras. E já não era sem tempo, mesmo, que passássemos de importantes fornecedores de matérias-primas para um país capaz de ir além, entregando ao mundo produtos acabados e no “estado da arte”. Muitos deles, registre-se, nascidos da criatividade cabocla, como o avião e o rádio, invento também creditado ao padre gaúcho Roberto Landell de Moura – ambas as paternidades, porém, ainda mantidas no escaninho das polêmicas.
É, aliás, impactante o impulso da aviação brasileira, desde Santos-Dumont até o já cobiçado KC 390, extraordinária aeronave de última geração gestada nos escritórios, laboratórios e hangares da Embraer, a voar dentro de cinco anos. Trata-se de mais um produto que orgulha, não só pelos seus reconhecidos aspectos técnicos, mas pelo anunciado sucesso comercial: a expectativa é a de assegurar, em 15 anos, 20% do mercado mundial de cargueiros, hoje estimado em 700 unidades – um bolo que beira os US$ 50 bilhões -, a iniciar por uma oportuna compra já contratada pela Força Aérea Brasileira (FAB), de 28 aeronaves. A Colômbia acaba de assinar contrato para a compra de 12, enquanto entram na fila Portugal, Chile, França, entre outros. E atrás do E 190 estão os norte-americanos da Republic Airlines e os ingleses da Flybe.
Além desses fatos já divulgados e aqui resumidos, encontramos no mundo da aviação brasileira outros feitos notáveis, e que poucos conhecem.
Em 2008, um Esquadrão de caças F-5 da FAB esteve nos EUA participando do Red Flag (foto acima), o mais importante e complexo exercício de combate aéreo do mundo. Surpresa: pilotos brasileiros, em aeronaves modernizadas pela brasileira Embraer, com aviônica produzida pela também brasileira Aeroeletrônica, conseguiram alcançar o mesmo índice de sucesso dos pilotos americanos, marcando a mais importante participação da FAB em operações internacionais.
Um dos grandes sucesso da brasileira Embraer, o A-29 Super Tucano.
Ou seja, há muito de verde-amarelo na aviação mundial, desde a competência dos nossos pilotos à qualidade dos produtos. Lembramos, ainda, a aeronave de transporte C95 (Bandeirante), de patrulha marítima P-95 (Bandeirulha) do A 29, o Super Tucano, todos da Embraer e igualmente abastecidos em seu sistema de inteligência pela Aeroeletrônica – há mais de 20 anos parceira da empresa e a única brasileira capaz de fazer frente às indústrias internacionais em aviônica embarcada. Isso porque, a par de ser flexível a exigências específicas, é capaz de estar em qualquer parte do mundo, em instantes – como comprova a sua capacidade de suporte à FAB, ao responder em menos de 30 minutos a emergências a 5 mil km de distância.
Esses exemplos, dentre centenas, demonstram que, sim, é possível entrelaçar empresas brasileiras para abraçar grandes negócios internacionais e atender, ao mesmo tempo, ao feliz conceito já referido: feito no Brasil, desenvolvido no Brasil. E, no caso, homenagear a memória do pai da aviação, que certamente sentir-se-ia orgulhoso da competência brasileira diante do mais genial de seus inúmeros inventos.
Fonte: Mauro José M. Gandra* – O Estado de São Paulo, via NOTIMP
* TENENTE-BRIGADEIRO DO AR R1, FOI MINISTRO DA AERONÁUTICA
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Amilckar- Colaborador - Notícias de aviação
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Re: [Brasil] Feito no Brasil, desenvolvido no Brasil
"...há muito de verde-amarelo na aviação mundial, desde a competência dos nossos pilotos à qualidade dos produtos"
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Re: [Brasil] Feito no Brasil, desenvolvido no Brasil
"Orgulho de ser brasileiro!!!"
Amilckar- Colaborador - Notícias de aviação
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Re: [Brasil] Feito no Brasil, desenvolvido no Brasil
Realmente.
Concordo plenamente com o nobre ex ministro.
Único pesar que tenho que que tenhamos demorado tanto para embarcar com força nesse mercado.
Apenas nas duas últimas décadas que temos conseguido almejar mercados melhores.
Se não fosse o protecionismo exagerado do governo militar, talvez estariamos produzindo nossos próprios caças de interceptação do Nível do Mirage, F18 dentre outros...
Concordo plenamente com o nobre ex ministro.
Único pesar que tenho que que tenhamos demorado tanto para embarcar com força nesse mercado.
Apenas nas duas últimas décadas que temos conseguido almejar mercados melhores.
Se não fosse o protecionismo exagerado do governo militar, talvez estariamos produzindo nossos próprios caças de interceptação do Nível do Mirage, F18 dentre outros...
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Apenas minha opinião de bosta...
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