[Brasil] Polícia apura 'esquema de oficinas clandestinas' para aeronaves em MS
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[Brasil] Polícia apura 'esquema de oficinas clandestinas' para aeronaves em MS
Polícia apura 'esquema de oficinas clandestinas' para aeronaves em MS
Delegada diz que outra vertente é "terceirização" em locais ilegais.
Proprietários de aeronaves e pilotos podem ser indiciados por crimes.
Peças apreendidas em Campo Grande
(Foto: Divulgação Polícia Civil/MS)
Ao analisar as peças de aeronaves apreendidas e a documentação nesta sexta-feira (30), em Campo Grande, a Polícia Civil descobriu que não só o crime de furto e receptação estaria ocorrendo na cidade, mas sim um "esquema de oficinas clandestinas", bem como empresas homologadas que estariam "terceirizando" o serviço nestes locais.
Ao G1 a delegada Ana Cláudia Medina, titular da Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado (Deco), ressaltou que proprietários de aeronaves e pilotos podem responder também por estes crimes, já que estariam incorrendo no artigo 261 do Código Penal, referente a expor a perigo a embarcação ou aeronave, própria ou alheia.
"Com a análise nós verificamos que, mesmo sabendo que as oficinas não eram homologadas, proprietários e pilotos estavam se utilizando do serviço de manutenção das oficinas e com certeza isso é um risco, porque sabiam que não estavam homologadas na Anac [Agência Nacional de Aviação Civil] e não possuíam todas as documentações", afirmou a delegada.
Por conta deste fato, as aeronaves que foram identificadas podem ser interditadas pela Anac. "Estamos fazendo este levantamento em conjunto, para verificar essa exposição de risco de vida. A investigação aponta que, desde 2014, essas oficinas clandestinas vinham prestando serviço de manutenção e inclusive emitindo notas fiscais, com clientes não só de Campo Grande, mas também de São Paulo, Paraná e o Rio Grande do Sul", explicou a delegada.
Aeroporto Santa Maria, em Campo Grande (Foto: Gabriela Pavão/ G1 MS)
Interdição
Conforme Medina, ao menos seis aeronaves já foram vistoriadas e podem ser interditadas. "Encontramos estes veículos, que já foram submetidos à perícia e estão com sinais de adulteração. A aeronave não precisa necessariamente cair, nem sofrer outro tipo de acidente e isso já resulta em indiciamento e uma pena de reclusão, inclusive com qualificadoras", argumentou Medina.
Outra vertente criminal da investigação, ainda conforme a delegada, é de aeronaves que se utilizavam de prefixos para enviar peças. "Uma das oficinas vistoriadas presta o serviço desde o ano anterior, sem a devida documentação. Nós checamos com a Anac e constatamos que o contrato social é desde 13 de fevereiro deste ano. Mas as diligências continuam e testemunhas serão intimadas nas próximas semanas, além dos exames periciais que estamos aguardando", finalizou a delegada.
Buscas
Peças vistoriadas durante ação policial
(Foto: Divulgação Polícia Civil/MS)
Segundo a polícia, seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Campo Grande, sendo quatro em residências e dois em oficinas. Ninguém foi preso. Uma das oficinas alvo da operação, na rua Spipe Calarge, funcionava sem homologação da Anac, segundo a delegada. No local, foram apreendidas várias peças.
Em outra oficina, no aeroporto Santa Maria, a Deco apreendeu uma hélice e um cubo de hélice que estavam em uma aeronave. "Tivemos apreensões em uma das residenciais e uma aeronave apreendida. Essa aeronave, o proprietário atual está com dois meses na posse, porém, ela já foi comprada nesses dois meses e instalada a peça específica dessa oficina que foi vítima de furto", explicou.
A esposa de um dos donos da oficina mecânica investigada disse ao G1 que as peças eram levadas para o local por conhecidos e amigos e que não sabe o destino delas. Ainda segundo Medina, a partir da investigação, a polícia pode apurar se as aeronaves com peças furtadas se envolveram em algum acidente aéreo.
Acidentes
Em outubro deste ano, pelo menos três acidentes aéreos foram registrados em Mato Grosso do Sul. Uma pessoa morreu. Segundo a Anac, em 2014 foram 6 acidentes aéreos, sendo dois fatais. O levantamento não considera ocorrências que envolveram atos ilíticos, aeronaves experimentais, operações policiais ou aeronaves de matrícula estrangeira.
O primeiro deles em 21 de janeiro, em Campo Grande, durante voo de instrução. Em 12 de fevereiro, outra aeronave sofreu acidente, em Chapadão do Sul, onde uma pessoa morreu. No dia 4 de abril, um acidente aconteceu em Corguinho. No dia 23 de abril, outro acidente foi registrado em Taquarussu.
Em junho, no dia 7, o baixo nível de combustível provocou outro acidente em Nova Andradina. Em 6 de dezembro, outro acidente foi registrado em Campo Grande, quando outra morte foi registrada.
Fonte: G1
Delegada diz que outra vertente é "terceirização" em locais ilegais.
Proprietários de aeronaves e pilotos podem ser indiciados por crimes.
Peças apreendidas em Campo Grande
(Foto: Divulgação Polícia Civil/MS)
Ao analisar as peças de aeronaves apreendidas e a documentação nesta sexta-feira (30), em Campo Grande, a Polícia Civil descobriu que não só o crime de furto e receptação estaria ocorrendo na cidade, mas sim um "esquema de oficinas clandestinas", bem como empresas homologadas que estariam "terceirizando" o serviço nestes locais.
Ao G1 a delegada Ana Cláudia Medina, titular da Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado (Deco), ressaltou que proprietários de aeronaves e pilotos podem responder também por estes crimes, já que estariam incorrendo no artigo 261 do Código Penal, referente a expor a perigo a embarcação ou aeronave, própria ou alheia.
"Com a análise nós verificamos que, mesmo sabendo que as oficinas não eram homologadas, proprietários e pilotos estavam se utilizando do serviço de manutenção das oficinas e com certeza isso é um risco, porque sabiam que não estavam homologadas na Anac [Agência Nacional de Aviação Civil] e não possuíam todas as documentações", afirmou a delegada.
Por conta deste fato, as aeronaves que foram identificadas podem ser interditadas pela Anac. "Estamos fazendo este levantamento em conjunto, para verificar essa exposição de risco de vida. A investigação aponta que, desde 2014, essas oficinas clandestinas vinham prestando serviço de manutenção e inclusive emitindo notas fiscais, com clientes não só de Campo Grande, mas também de São Paulo, Paraná e o Rio Grande do Sul", explicou a delegada.
Aeroporto Santa Maria, em Campo Grande (Foto: Gabriela Pavão/ G1 MS)
Interdição
Conforme Medina, ao menos seis aeronaves já foram vistoriadas e podem ser interditadas. "Encontramos estes veículos, que já foram submetidos à perícia e estão com sinais de adulteração. A aeronave não precisa necessariamente cair, nem sofrer outro tipo de acidente e isso já resulta em indiciamento e uma pena de reclusão, inclusive com qualificadoras", argumentou Medina.
Outra vertente criminal da investigação, ainda conforme a delegada, é de aeronaves que se utilizavam de prefixos para enviar peças. "Uma das oficinas vistoriadas presta o serviço desde o ano anterior, sem a devida documentação. Nós checamos com a Anac e constatamos que o contrato social é desde 13 de fevereiro deste ano. Mas as diligências continuam e testemunhas serão intimadas nas próximas semanas, além dos exames periciais que estamos aguardando", finalizou a delegada.
Buscas
Peças vistoriadas durante ação policial
(Foto: Divulgação Polícia Civil/MS)
Segundo a polícia, seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Campo Grande, sendo quatro em residências e dois em oficinas. Ninguém foi preso. Uma das oficinas alvo da operação, na rua Spipe Calarge, funcionava sem homologação da Anac, segundo a delegada. No local, foram apreendidas várias peças.
Em outra oficina, no aeroporto Santa Maria, a Deco apreendeu uma hélice e um cubo de hélice que estavam em uma aeronave. "Tivemos apreensões em uma das residenciais e uma aeronave apreendida. Essa aeronave, o proprietário atual está com dois meses na posse, porém, ela já foi comprada nesses dois meses e instalada a peça específica dessa oficina que foi vítima de furto", explicou.
A esposa de um dos donos da oficina mecânica investigada disse ao G1 que as peças eram levadas para o local por conhecidos e amigos e que não sabe o destino delas. Ainda segundo Medina, a partir da investigação, a polícia pode apurar se as aeronaves com peças furtadas se envolveram em algum acidente aéreo.
Acidentes
Em outubro deste ano, pelo menos três acidentes aéreos foram registrados em Mato Grosso do Sul. Uma pessoa morreu. Segundo a Anac, em 2014 foram 6 acidentes aéreos, sendo dois fatais. O levantamento não considera ocorrências que envolveram atos ilíticos, aeronaves experimentais, operações policiais ou aeronaves de matrícula estrangeira.
O primeiro deles em 21 de janeiro, em Campo Grande, durante voo de instrução. Em 12 de fevereiro, outra aeronave sofreu acidente, em Chapadão do Sul, onde uma pessoa morreu. No dia 4 de abril, um acidente aconteceu em Corguinho. No dia 23 de abril, outro acidente foi registrado em Taquarussu.
Em junho, no dia 7, o baixo nível de combustível provocou outro acidente em Nova Andradina. Em 6 de dezembro, outro acidente foi registrado em Campo Grande, quando outra morte foi registrada.
Fonte: G1
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