[Internacional] Grandes cidades do Pacífico ampliam necessidade de aviões
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[Internacional] Grandes cidades do Pacífico ampliam necessidade de aviões
Grandes cidades do Pacífico ampliam necessidade de aviões
AIRBUS E BOEING PASSARAM UMA SEMANA COM EMPRESAS ASIÁTICAS CUJOS NOMES SE PARECEM MAIS AOS DE COQUETÉIS
Andrea Rothman, Anurag Kotoky e Kyunghee Park, da
Dario Pignatelli/Bloomberg
Avião da Nok Airlines próximo de aviões da Thai Airways International em um terminal do aeroporto internacional Don Mueang, em Bangcoc
Toulouse/Nova Délhi/Singapura - A Airbus Group e a Boeing passaram uma semana com empresas asiáticas cujos nomes se parecem mais aos de coquetéis que aos de companhias aéreas, algumas delas com menos de um ano de existência, que ressaltam o status da região como um dos mais dinâmicos mercados de aeronaves.
Da VietJet à tailandesa Nok Airlines, passando pela indiana Air Costa, as startups de curta distância dominaram os pedidos no Salão Aeronáutico de Singapura, em um momento em que o crescimento da urbanização e a ampliação da classe média na Ásia impulsionam um incremento nas viagens. Estão surgindo novas companhias aéreas em toda a Ásia, dentre as quais algumas empresas japonesas com nomes exóticos, como a Vanilla Air e a Peach Aviation Ltd.
Os US$ 32 bilhões em pedidos feitos no evento, embora modestos em comparação com os US$ 206 bilhões esbanjados por empresas aéreas do Golfo em Dubai, três meses atrás, ressaltou o surgimento da última classe de companhias aéreas que executa rotas intra-asiáticas que começam a cruzar o continente. Startups como a Air Costa disputam uma posição com as novas unidades de companhias aéreas mais antigas, que vão desde a Vanilla, da ANA Holdings Inc., e a Smile, uma divisão da Thai Airways International PCL, até a Tiger, uma marca da Singapore Airlines Ltd.
“A região Ásia-Pacífico é única por causa do número de cidades com mais de um milhão de pessoas”, disse Robert Martin, CEO da locadora de aeronaves BOC Aviation Pte, que tem sede em Singapura, em entrevista concedida no evento. “Na China, há mais de 100, na Índia há mais de 50. O número de rotas que teremos no longo prazo será fenomenal”.
Explosão asiática
Cerca de metade do crescimento do tráfego aéreo mundial envolverá rotas asiáticas ao longo dos próximos 20 anos, disse o diretor de marketing da Boeing, Randy Tinseth, em Singapura, com as companhias aéreas da região solicitando mais 12.820 aeronaves, ou 36 por cento do total global. A concorrente Airbus coloca o número em 11.000 aviões.
O crescimento explosivo da Ásia, que está provocando a criação de novas companhias aéreas quase todos os meses, contrasta com os mercados maduros dos EUA e da Europa, onde o excesso de capacidade levou à consolidação e a um número menor de companhias aéreas para as quais as fabricantes de aviões podem vender.
Até mesmo o fluxo de pedidos de aviões de fuselagem larga no Golfo Pérsico está sendo impulsionado pelas economias asiáticas, com a Emirates, com sede em Dubai, a Etihad Airways PJSC, de Abu Dhabi, e a Qatar Airways Ltd. competindo para construir hubs, que são aeroportos concentradores, para conexões de longo curso para a Europa, as Américas e a África.
Em Singapura, predominaram os modelos menores usados para oferecer conexões ponto a ponto. A Air Costa, com sede em Vijayawada, no sul indiano, cujos aviões estão 87 por cento cheios após três meses de operação, encomendou 50 jatos à Embraer SA por um total de US$ 2,9 bilhões.
A VietJet, com dois anos de antiguidade e sede em Hanói, fechou um acordo para a compra de 63 aviões Airbus A320 por um preço de tabela de US$ 6,4 bilhões, enquanto a Nok Airlines Public Co. anunciou um compromisso de US$ 1,45 bilhão por oito aeronaves Boeing 737 e a Bangkok Airways Co. comprou seis turboélices ATR 72.
Centro de gravidade
“O centro de gravidade mudou para a Ásia”, disse Norm Liu, CEO do braço de leasing da General Electric Co., líder mundial no segmento, em entrevista concedida em Singapura. A GE fechou seu primeiro negócio em Myanmar na semana passada, com um acordo para fornecer 10 aviões Boeing 737 à Myanma Airways.
A Índia por si só tem um “enorme potencial”, porque apenas 1 por cento de sua população de 1,2 bilhão de pessoas viajam de avião até o momento, disse Mark Dunnachie, chefe de aviação comercial da Embraer para a região Ásia-Pacífico, após o negócio com a Air Costa. “E enxergamos algo similar na Indonésia, na Malásia e nas Filipinas”.
Embora os 3 bilhões de habitantes do continente sejam atendidos hoje por menos da metade dos aviões que operam nos EUA, país com uma população de 315 milhões, pode não estar longe o dia em que uma companhia aérea asiática terá mais de 1.000 aviões, avalia Tony Fernandes, CEO da AirAsia.
A AirAsia já tem cerca de 140 aviões A320 em operação e mais 335 encomendados; a Lion Air tem 105 aviões atualmente e uma frota gigante de 650 aeronaves Airbus e Boeing de fuselagem estreita a ser entregue.
Fonte: Exame
AIRBUS E BOEING PASSARAM UMA SEMANA COM EMPRESAS ASIÁTICAS CUJOS NOMES SE PARECEM MAIS AOS DE COQUETÉIS
Andrea Rothman, Anurag Kotoky e Kyunghee Park, da
Dario Pignatelli/Bloomberg
Avião da Nok Airlines próximo de aviões da Thai Airways International em um terminal do aeroporto internacional Don Mueang, em Bangcoc
Toulouse/Nova Délhi/Singapura - A Airbus Group e a Boeing passaram uma semana com empresas asiáticas cujos nomes se parecem mais aos de coquetéis que aos de companhias aéreas, algumas delas com menos de um ano de existência, que ressaltam o status da região como um dos mais dinâmicos mercados de aeronaves.
Da VietJet à tailandesa Nok Airlines, passando pela indiana Air Costa, as startups de curta distância dominaram os pedidos no Salão Aeronáutico de Singapura, em um momento em que o crescimento da urbanização e a ampliação da classe média na Ásia impulsionam um incremento nas viagens. Estão surgindo novas companhias aéreas em toda a Ásia, dentre as quais algumas empresas japonesas com nomes exóticos, como a Vanilla Air e a Peach Aviation Ltd.
Os US$ 32 bilhões em pedidos feitos no evento, embora modestos em comparação com os US$ 206 bilhões esbanjados por empresas aéreas do Golfo em Dubai, três meses atrás, ressaltou o surgimento da última classe de companhias aéreas que executa rotas intra-asiáticas que começam a cruzar o continente. Startups como a Air Costa disputam uma posição com as novas unidades de companhias aéreas mais antigas, que vão desde a Vanilla, da ANA Holdings Inc., e a Smile, uma divisão da Thai Airways International PCL, até a Tiger, uma marca da Singapore Airlines Ltd.
“A região Ásia-Pacífico é única por causa do número de cidades com mais de um milhão de pessoas”, disse Robert Martin, CEO da locadora de aeronaves BOC Aviation Pte, que tem sede em Singapura, em entrevista concedida no evento. “Na China, há mais de 100, na Índia há mais de 50. O número de rotas que teremos no longo prazo será fenomenal”.
Explosão asiática
Cerca de metade do crescimento do tráfego aéreo mundial envolverá rotas asiáticas ao longo dos próximos 20 anos, disse o diretor de marketing da Boeing, Randy Tinseth, em Singapura, com as companhias aéreas da região solicitando mais 12.820 aeronaves, ou 36 por cento do total global. A concorrente Airbus coloca o número em 11.000 aviões.
O crescimento explosivo da Ásia, que está provocando a criação de novas companhias aéreas quase todos os meses, contrasta com os mercados maduros dos EUA e da Europa, onde o excesso de capacidade levou à consolidação e a um número menor de companhias aéreas para as quais as fabricantes de aviões podem vender.
Até mesmo o fluxo de pedidos de aviões de fuselagem larga no Golfo Pérsico está sendo impulsionado pelas economias asiáticas, com a Emirates, com sede em Dubai, a Etihad Airways PJSC, de Abu Dhabi, e a Qatar Airways Ltd. competindo para construir hubs, que são aeroportos concentradores, para conexões de longo curso para a Europa, as Américas e a África.
Em Singapura, predominaram os modelos menores usados para oferecer conexões ponto a ponto. A Air Costa, com sede em Vijayawada, no sul indiano, cujos aviões estão 87 por cento cheios após três meses de operação, encomendou 50 jatos à Embraer SA por um total de US$ 2,9 bilhões.
A VietJet, com dois anos de antiguidade e sede em Hanói, fechou um acordo para a compra de 63 aviões Airbus A320 por um preço de tabela de US$ 6,4 bilhões, enquanto a Nok Airlines Public Co. anunciou um compromisso de US$ 1,45 bilhão por oito aeronaves Boeing 737 e a Bangkok Airways Co. comprou seis turboélices ATR 72.
Centro de gravidade
“O centro de gravidade mudou para a Ásia”, disse Norm Liu, CEO do braço de leasing da General Electric Co., líder mundial no segmento, em entrevista concedida em Singapura. A GE fechou seu primeiro negócio em Myanmar na semana passada, com um acordo para fornecer 10 aviões Boeing 737 à Myanma Airways.
A Índia por si só tem um “enorme potencial”, porque apenas 1 por cento de sua população de 1,2 bilhão de pessoas viajam de avião até o momento, disse Mark Dunnachie, chefe de aviação comercial da Embraer para a região Ásia-Pacífico, após o negócio com a Air Costa. “E enxergamos algo similar na Indonésia, na Malásia e nas Filipinas”.
Embora os 3 bilhões de habitantes do continente sejam atendidos hoje por menos da metade dos aviões que operam nos EUA, país com uma população de 315 milhões, pode não estar longe o dia em que uma companhia aérea asiática terá mais de 1.000 aviões, avalia Tony Fernandes, CEO da AirAsia.
A AirAsia já tem cerca de 140 aviões A320 em operação e mais 335 encomendados; a Lion Air tem 105 aviões atualmente e uma frota gigante de 650 aeronaves Airbus e Boeing de fuselagem estreita a ser entregue.
Fonte: Exame
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